O verão não começou ainda, mas a temporada oficial de ‘tirar o pé do chão’ está liberada. Pelo menos para a galera que curtiu a primeira edição da Micareta Salvador, que durante quatro dias fez com que muita gente corresse atrás do trio elétrico, como se o Carnaval estivesse logo ali.
E por falar em animação, a estrela do último dia da festa, neste domingo, foi a cantora Claudia Leitte que trouxe para Salvador o show da turnê lançada durante a Parada LGBT em São Paulo, o projeto My Carnaval.
“O evento foi sonhado por toda a equipe. Passou aquela fase da estreia e agente chega aqui muito mais orgânico”, afirmou a cantora ao CORREIO, que aproveitou para adiantar uma parte dos planos que irá tocar no verão.
“Tem muita coisa boa vindo por aí. Vamos trazer a Prainha da Claudinha para Salvador no dia 2 de fevereiro. A gente precisa do Carnaval, mas ele não precisa da gente. Por isso que é necessário estar sempre criando, trazendo coisas novas e o Carnaval permite isso. Eu, como cantora de Axé, acho incrível poder fazer parte disso tudo”, completou.
E o sucesso foi tanto, que André Magal, um dos sócios do Grupo San Sebastian, organizadora do evento, garantiu que a segunda edição da festa está confirmada para 2019. Apesar da data não estar definida, as vendas devem começar logo na Quarta-Feira de Cinzas.
“Ficamos bem perto de esgotar os abadás todos os dias. Por isso, a Micareta Salvador volta o ano que vem com Daniela Mercury, Alinne Rosa, Claudinha e o Babado Novo confirmados e mais novas atrações . Até a gente se surpreendeu com o resultado”.
O Me Salte apurou que haverá reforços de peso na grade de atrações de 2019 (ainda não podemos revelar os nomes mas vai ser ainda mais incrível).
O Carnaval fora de época é para todos, mas foi o público gay que dominou o circuito montado no estacionamento do Wet’n Wild com um circuito que remeteu ao Carnaval da Barra.
Este nicho cada vez mais chama a atenção da indústria de entretenimento baiana. Ainda de acordo com Magal, os abadás dos blocos Blow Out e O Vale têm, atualmente, 60% das fantasias vendidas.
“Em outros anos, nós não tínhamos nem o bloco lançado nesta época. O nosso público começou a descobrir o carnaval de bloco agora. Ele consegue fazer o que o hetero sempre fez. Antes a liberdade era reprimida e hoje o gay pode viver isso dentro do bloco também”, destaca.
Bate-volta
Quem abriu o circuito neste domingo foi a cantora Amanda Santiago, que trouxe canções da sua carreira solo, mas não deixou de relembrar sucessos da época que estava a frente da Timbalada.
Logo em seguida, por volta das 19h, Claudia Leitte subiu ao palco montado no meio do circuito ao som da música Carnaval, parceria com o rapper Pitbull, até emendar os hits como Extravasa, Largadinho e Balndin de Gelo. Após 1h20 de palco, a cantora ainda teve pique para puxar mais 1h40 de trio.
Ao contrário de Daniela Mercury que se posicionou contra os riscos democráticos (dentro e fora da micareta), Claudia (infelizmente) fez a egípcia. Os fãs estavam havidos por ouvir dela um #elenão mas a cantora ignorou as dezenas de vezes que o coro surgiu da plateia. Lamentável!
A micareta fez com que o médico que veio do Espírito Santo, Marcos Leonardo Ferreira, 30 anos, carimbasse a passagem de volta para o Carnaval de Salvador, que este ano acontece em março. “Já estou com passagem comprada. Enquanto o tambor estiver tocando eu estou pulando. Claudinha é maravilhosa. A energia que ela transmite é só dela. me identifico muito”.
Quem também não deve ficar de fora são os turistas de Pernambuco, Arthur Cipriano e Iago Azevedo. “Carnaval, nós estamos aqui de novo”, afirmou Arthur. “Ela tem uma força na música. É referência. Todos os holofotes estão voltados para Claudinha”, disse Iago.
Colaborou Priscila Natividade
