A travesti Dayane Larraya Rios, que trabalha como garota de programa na cidade de Praia Grande no litoral de São Paulo, denunciou, pelo Facebook, um cliente que a furtou dentro de um motel da cidade. Revoltada com o furto, ela usou a rede social para publicar a foto do cliente e fez um apelo para que seus objetos fossem devolvidos.
Em entrevista ao portal G1 Dayane contou que o furto aconteceu depois que o cliente pagou pelo programa o valor combinado previamente. Ele me pagou mas, quando eu fui ao banheiro, ele levou a minha bolsa com todos os meus pertences e me trancou no motel (…) Quem puder compartilhar o perfil dele eu agradeço, porque o infeliz pediu para adicioná-lo no Facebook e ainda me roubou. Que bonito”, ironizou.
O apelo de Dayane funcionou, segundo a entrevista que ela deu ao portal de notícias. “A família dele entrou em contato comigo e me ressarciu, então eu fiquei de retirar as postagens. O importante é que eu vou poder comprar um celular novo (…)  Que meu caso sirva de exemplo. Isso serve para que qualquer pessoa não deixe os pertences no quarto enquanto não estiver, porque fui usar o banheiro e fui roubada e trancada. Ainda por cima interfonei no hotel e demoraram 20 minutos. Ele saiu sozinho e ninguém falou nada. E se ele tivesse me matado?”, questiona.
Para reflexão: Pelas redes sociais houve muitas críticas pelo fato da travesti ter divulgado a imagem do homem que praticou o furto. Os comentários, em sua grande maioria, ignoraram o fato dela ter sido furtada e se prenderam ao fato de ser uma travesti, inclusive, como se isso fosse “merecido”. O que aconteceu com ela poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Situações como essas deixam evidente a vulnerabilidade que as travestis estão expostas por conta da necessidade de trabalhar com prostituição para sobreviver. A insegurança em que as travestis que trabalham na rua estão submetidas é fruto do processo de preconceito e exclusão da própria sociedade. Vamos pensar sobre isso e começar a dar oportunidades à s travestis?! Fica a dica 😉