Daniel Balzan, acusado de agredir o estudante de Medicina Veterinária Thiago Almeida, na avenida Paralela, usou as redes sociais para se defender. No texto, publicado pelo instagram, ele afirmou que praticou as agressões depois que o estudante começou a tentar beijá-lo. “Na saída da boate estava indo para casa com meu amigo e fiquei sabendo que ele morava no meu caminho para minha residência , então ofereci carona pra ele, numa boa e numa boa ele aceitou, já que tinha um conhecido em comum comigo e ficou tranquilo. Meu amigo sentou no carona e Thiago sentou no banco de trás. No caminho ele começou a me beijar no rosto e no pescoço, o que não me chateou em si, sou um cara brincalhão e não me irritaria com brincadeiras, disse.
Confira abaixo o posicionamento de Daniel:
Bom, queria apenas por esse texto, demonstrar o quanto estou constrangido por tudo que fiz. Entendo toda repercussão, que é justa, tanto no movimento LGBT quanto aos outros movimentos sociais que estão em constante luta contra o preconceito. Uma agressão como a que eu pratiquei não ajuda em nada e indigna as pessoas.
Concordo com todos os que demonstraram essa indignação e estou muito triste comigo mesmo. De maneira alguma sou homofóbico! Passei a noite na boate, que em sua grande maioria era de público LGBT e foi uma noite maravilhosa lá dentro. Brinquei, dancei, subi no palco, me diverti e diverti as pessoas que estavam ao meu redor. Conheci Thiago lá e ele, como todos na festa, se mostrou um cara super gente boa.
Na saída da boate estava indo para casa com meu amigo e fiquei sabendo que ele morava no meu caminho para minha residência , então ofereci carona pra ele, numa boa e numa boa ele aceitou, já que tinha um conhecido em comum comigo e ficou tranquilo. Meu amigo sentou no carona e Thiago sentou no banco de trás. No caminho ele começou a me beijar no rosto e no pescoço, o que não me chateou em si, sou um cara brincalhão e não me irritaria com brincadeiras.
Pedi pra ele parar pela segurança da condução, ele não parou, meu amigo pediu pra parar também, ele continuou sem parar. E aqui, pessoal, quero muito deixar bem claro que eu me revoltei com a insistência da brincadeira que nos colocaria em risco , numa atitude completamente errada e imbecil minha, parei o carro no posto, pedi para ele saísse do carro e o agredi. NADA JUSTIFICA O QUE FIZ. NADA JUSTIFICA. Foi uma atitude imperdoável, impensada, imbecil, escrota e todos os adjetivos negativos que podem ser pensados pra isso, mas no fundo do meu coração, não foi premeditado de maneira alguma. ofereci a carona a ele porque ele morava longe de lá e era caminho pra mim.
Também não foi um ato de homofobia em sua essência, provavelmente eu teria agredido qualquer um que estivesse me atrapalhando de dirigir naquele momento, independente de sexualidade. E ÓBVIO, ESTOU ERRADO, ESTARIA ERRADO DE QUALQUER FORMA.
Não fui criado pra isso, não é do meu caráter, nunca tinha dado um soco em ninguém até hoje e o que mais me deixa triste foi tê-lo machucado e o abandonar na rua de madrugada, isso não se faz com ninguém. Por mais que seja difícil de acreditar escrevo isso de coração. obviamente estou arrependido de todos os transtornos causados a ele e aos familiares. Então. peço que se um dia for possível, que Thiago me perdoe, é claro que estou disposto a lidar com meus atos.