Após divulgação na internet do ensaio Religion Drag, produzido pelo fotógrafo Ricardo Santiago, houve uma enxurrada de comentários e postagens nas redes sociais criticando o trabalho com frases e palavras LGBTfóbicas. “As religiões monoteístas não nos abraçam. Elas pregam que os gays não têm direito de ter fé. O desconforto e as críticas vêm do preconceito por sermos homossexuais. Na minha religião buscamos a harmonia com as outras religiões. Seguimos essa filosofia. Acredito que esse discurso de ódio é fruto de um preconceito com a nossa sexualidade”, diz Ricardo, que é fotógrafo profissional há 11 anos.
Só na página do Me Salte onde a notícia foi postada com todas as imagens produzidas foram  mais de 150 comentários – a maioria não foi aprovado pois usava palavras de baixo calão. “Como eles podem querer respeito da sociedade se eles não se dão o respeito! Isso é uma afronta e intolerância religiosa, cadê agora os ativistas dessa nojenta minoria , que protegem qualquer ato contra os LGBT, nunca terá o respeito da sociedade agindo dessa forma!!, escreveu um internauta.
Mas, nem todos comentários foram ruins. “Mais amor e menos ódio. Se fundamentalismo religioso, tivesse realmente fundamento, o mundo seria pacífico. Antes de mais nada, vamos analisar e certificar, não optando em obter as informações toda mastigada”, defendeu uma internauta.
Entenda o caso
Os ensaios “ batizados de Drag Religion “ fazem parte da prova de estreia do concurso Super Talento, que reúne 14 drags queens da capital baiana na batalha pelo título e premiação de R$ 3 mil. Cada uma teve que bolar a produção de uma fotografia inspirada em quatro religiões: catolicismo, candomblé, budismo e hinduísmo.  Veja todas as imagens e vote na sua preferida. O concurso, apresentado por Valerie O’rarah, acontecerá até dia 18 de setembro, todos os domingos, à s 21h, no Burlesque Bar, que fica na Mouraria.