Após as polêmicas envolvendo seu nome e o posicionamento contra o aborto, até nos casos de estupro, a nova secretária de Políticas para Mulheres, Fátima Pelaes, divulgou nota hoje mudando de opinião. Ela divulgou nota dizendo que “a mulher vítima de estupro, que optar pela interrupção da gravidez, deve ter total apoio do Estado, direito hoje já garantido por lei”.
A hoje secretária já havia se manifestado contra o aborto em uma sessão na Câmara que discutia proposta que visava concessão de uma bolsa a mulheres que engravidem após estupro, em 2010. “Nós enquanto representantes do povo brasileiro, temos que pensar que direito nós mulheres temos de tirar uma vida? […] Como é que nós queremos tirar essa vida ali no seu início? Nós não podemos permitir isso”, afirmou, durante sessão na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.
Em entrevista à editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus, de acordo com o jornal Estadão, publicada três anos atrás, ela afirma que até 2002 defendia a descriminalização do aborto e não via a família como um projeto de Deus. Depois disso, porém, conheceu Jesus e passou a dizer que o direito de viver tem que ser dado para todos.
Veja na íntegra a nota de Fátima Pelaes:
“Sempre trabalhei de forma democrática para defender a ampliação dos direitos das mulheres.
Em respeito a minha história de vida, o meu posicionamento sobre a descriminalização do aborto não vai afetar o debate de qualquer questão a frente da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres.
A mulher vítima de estupro, que optar pela interrupção da gravidez, deve ter total apoio do Estado, direito hoje já garantido por lei.
Trabalharei, incansavelmente, para combater qualquer tipo de violência contra a mulher.”