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Transexual é morta com mais de 15 tiros no bairro de Cajazeiras

A mulher transexual Camila Albuquerque foi assassinada na manhã desta quarta-feira (15) na pista que liga a BR 324 ao bairro de Cajazeiras XI. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à   Pessoa (DHPP).  Camilinha, como era conhecida, foi alvejada com mais de 15 disparos de arma de fogo. “Ela era uma pessoa do bem, maravilhosa. Foi muita maldade o que fizeram com ela. Foi muita crueldade”, disse uma amiga de Camila ao Me Salte, por telefone. Em sua rede social, horas antes de morrer, Camila escreveu: Me rebaixar? Sentir ódio? Pra que? Mulher que sabe seu potencial deve se olhar no espelho todos os dias e dizer ” SOU MAIS EU ” ..”.

camila

Amigas de Camila relatam que ela trabalhava como acompanhante no bairro da Pituba. “Mas tinha algum tempo que ela não aparecia por lá. Não sei o que estava acontecendo com ela, mas ela estava estranha nos últimos dias”, relata uma amiga que prefere não se identificar. Temendo represálias, outra amiga de Camila conta que a transexual era muito alegre e contente. “Acabaram com a alegria da minha amiga. Ela era uma pessoa feliz e de paz”, relata.

Investigação
As mortes  da transexual Camila Albuquerque  e do segurança Djair Souza de Assunção, que trabalhou por cinco anos para o Olodum, podem estar relacionadas. A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (15) pelo Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoas (DHPP), da Polícia Civil, que investiga o caso.

Camila foi morta na manhã de hoje enquanto Djair foi assassinado na tarde da segunda-feira (14), na Ribeira. As primeiras informações apuradas pelo DHPP apontam que Camila teria marcado um encontro com o segurança no local onde ele posteriormente seria morto”, explicou o delegado Jamal Amad, coordenador da 3ª DH/BTS, que investiga o caso de Djair. Ainda de acordo com o delegado, há indícios também de que uma discussão entre o segurança e pessoas desconhecidas há alguns dias teria motivado o crime.

Em nota, a Polícia Civil informou que a principal suspeita com relação à   autoria e motivação do crime contra a transexual, encontrada atrás de um contêiner de lixo, com os punhos amarrados e vários tiros no corpo, está ligada ao homicídio de Djair. Acreditamos que se trata de uma vingança à   morte dele, afirma o coordenador da 2ª DH/BTS, o delegado Guilherme Machado, responsável pelo inquérito de Camila.

Diligências estão sendo feitas para capturar os envolvidos em ambos os crimes. Familiares e testemunhas estão sendo chamadas para serem ouvidas no DHPP. Quem tiver informações sobre eles, que possam auxiliar nas investigações, poderá encaminhá-las pelo Disque Denúncia, no telefone (071) 3235 – 0000. O sigilo garantido.

Morte de pessoas transexuais no Brasil
Só no ano passado 144 pessoas transexuais e travestis mortas no Brasil em 2016 “ um aumento de 22% em relação a 2015. Segundo o antropólogo Luiz Mott, responsável pelo site Quem a homofobia matou hoje “ desenvolvido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e que é usado internacionalmente como instrumento de notificações de casos de LGBTfobia, proporcionalmente, as travestis e transexuais são as mais vitimizadas.

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O risco de uma pessoa trans ou travesti ser assassinada é 14 vezes maior do que um gay, e se compararmos com os Estados Unidos, as 144 travestis brasileiras assassinadas em 2016 face à  s 21 trans americanas, as brasileiras têm 9 vezes mais chance de morte violenta do que as trans norte-americanas. Segundo agências internacionais, a exemplo da Trans Respect Versus Transphobia World Wide , mais da metade dos homicídios de transexuais do mundo ocorrem no Brasil.

Transfobia pós-morte
Desde que o Me Salte teve a notícia da morte de Camila nos foram enviadas – e estão sendo compartilhadas em diversas redes sociais – imagens do corpo da Camila no momento em que estava sendo periciado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). A foto, que mostra Camila sem roupa no meio da rua, tem sido alvo de vários comentários transfóbicos por conta da exposição da genitália de Camila. Não é possível identificar a autoria das fotos, mas faço o pedido: NÃO COMPARTILHEM AS FOTOS DE PESSOAS MORTAS. Isso só traz sofrimento para a família e é falta de HUMANIDADE E RESPEITO.

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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