A filipina Catriona Gray, 24, é a grande vencedora da edição 2018 do Miss Universo, e pela quarta vez leva a coroa para o país asiático. As Filipinas conquistaram o título anteriormente em 1969, 1973 e 2015, no último com Pia Wurtzbach, que passou pelo erro do anúncio do seu título pelo apresentador Steve Harvey.
O show da final aconteceu na noite deste domingo (16), em Bancoc, na Tailândia, e foi transmitido no Brasil ao vivo pelo cana pago TNT e pela Band TV. Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, as misses África do Sul, Tamaryn Gray, 24, e Venezuela, Sthefany Gurierrez, 19. Completaram o top 5 as representantes do Vietnã, H’Hen Nie, 26, e Porto Rico, Kara Ortega, 25.
A amazonense Mayra Dias, 27, foi classificada no top 20, mas não avançou para o segundo corte, o top 10, onde também se classificaram as misses Costa Rica, Curaçao, Nepal, Canadá e Tailândia. “Eu tenho orgulho de dizer que sou da Amazônia do Brasil e minha missão é conscientizar sobre o meio-ambiente e pensar nas nossas futuras gerações”, disse Mayra em inglês, após ser classificada.
Cada uma das misses desse grupo se apresentou brevemente antes do corte seguinte da disputa. A brasileira chamou atenção da imprensa mundial com a apresentação de seu traje típico, inspirado em um beija-flor, feito pelos mesmos designers das fantasias da festa de Parintins. “Fiquei extremamente feliz com a repercussão, principalmente por poder representar a cultura do meu estado e Parintins, que conta artistas tão talentosos, como Helerson da Maia que criou meu figurino”, disse à reportagem.
Pela primeira vez o concurso realiza um corte setorizado por continentes. O time de vinte misses semifinalistas foi formado por quatro grupos de cinco, sendo o primeiro de beldades da África, Ásia e Oceania; o segundo da Europa; o terceiro das Américas; e o quarto um grupo escolhido pela organização. A espanhola Angela Ponce, 26, a primeira transgênero a participar do Miss Universo, não se classificou. Mesmo assim, em sua homenagem foi exibido um vídeo sobre sua trajetória de vida e a miss desfilou no palco sozinha.
O Miss Universo é considerado uma das mais importantes competições de beleza do planeta ao lado do Miss Mundo, e chega à sua 67ª edição com um fôlego diferente. Desde que o presidente americano, Donald Trump, vendeu os direitos do concurso para a IMG, o certame vem tentando com muito afinco se renovar. Desde 2014, primeiro ano da nova gestão, a disputa incorporou um formato mais dinâmico e inclusivo, sempre tentando ser viral. A meta é fazer o concurso ser “pop” de novo, mas agora em uma sociedade onde a mulher possui papel e voz mais presentes. É um grande desafio para esse tipo de evento, que historicamente evidencia a beleza física e objetificação do corpo feminino. Fato que evidencia esse esforço da organização é que, este ano, pela primeira vez, a bancada de jurados que elege a vencedora foi 100% feminina.
Outros elementos dos últimos anos são a insistente escalação do humorista americano Steve Harvey na apresentação -aquele do erro do anúncio da vencedora-, o destaque pra misses mais gordinhas e a abertura para candidatas transexuais. Além disso, modernizaram o palco e a dinâmica do show, com mais humor e interação com as finalistas.
Também reforçaram a itinerância anual do país sede e também das vencedoras: as últimas foram África do Sul, França, Filipinas e Colômbia. Para se ter uma ideia, de 2005 a 2014, oito das dez vencedoras eram do continente americano, sendo seis delas latinas. Outro ponto de atenção da disputa deste ano foi um vídeo em que a Miss EUA, Sarah Rose Summers, 23, critica a habilidade de algumas concorrentes de se comunicar em inglês. Isso inclui a Miss Camboja e até a Miss Brasil.
Nas redes sociais, Summers está sendo apontada como xenófoba. Confira abaixo a lista do top 20: África, Ásia e Oceania África do Sul, Tamaryn Gray, 24 Filipinas, Catriona Gray, 24 Nepal, Manita Devkota, 23 Vietnã, H’Hen Nie, 26 Tailândia, Sophida Kanchanarin, 23 Europa Polônia, Magdalena Swat, 27 Bélgica, Zoë Brunet, 18 Reino Unido, Dee-Ann Kentish Rogers, 25 Hungria, Eniko Kecskes, 21 Irlanda, Grainne Gallanagh, 24 Américas Curaçao, Akisha Albert, 23 Costa Rica, Natalia Carvajal Sanches, 28 Canadá, Marta Magdalena, 24 Porto Rico, Kara Ortega, 25 Jamaica, Emily Maddison, 19 Wildcard – escolhido pela oeganização EUA, Sarah Rose Summers, 23 Venezuela, Sthefany Gurierrez, 19 Indonésia, Sonia Fergina Citra, 26 Brasil, Mayra Dias, 27 Austrália, Francesca Hung, 24