O mês de maio é marcado por diversas atividades, campanhas e ações que marcam a luta pela garantia de direitos e cidadania de LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais, Pan/Poli, e mais). Também é um momento de celebração e aceitação.
Mas é ainda uma boa hora para honrar as personalidades que trilharam o caminho para o ativismo dos diretos LGBTQIA+, como Sylvia Rivera e Marsha P. Johnson, ou que se tornaram ícones culturais através de seu trabalho, como os escritores Virginia Woolf e Ifti Nasim. Por isso, o Me Salte lista nove importantes figuras históricas LGBT e mostra o porquê que essas pessoas deram o que falar neste universo.
Queer, latina e drag queen, Sylvia Rivera ela lutava pelos direitos dos transgênero. Depois das Rebeliões de Stonewall, onde dizem que ela jogou o primeiro tijolo, Rivera começou a S.T.A.R. (Ação Travesti Revolucionária das Ruas), um grupo focado em oferecer abrigo e apoio aos jovens queer sem teto, com Marsha P. Johnson.
Artista conhecida na Idade do Jazz, Josephine Baker se identificava como bissexual. Ela foi uma das artistas afro-americanas de mais sucesso na história da França e usou sua plataforma para defender o fim da segregação. Baker também foi espiã francesa durante a Segunda Guerra Mundial, repassando segredos que ouvia enquanto trabalhava para soldados alemães.
Considerado pioneiro do movimento gay moderno, Ulrichs foi a primeira pessoa a ‘sair do armário’ publicamente. Ele foi juiz na Alemanha, mas foi forçado a se aposentar em 1853, depois que um colega descobriu que ele era gay. Depois disso, ele se tornou um ativista dos direitos gays. Ele escreveu panfletos sobre ser gay na Alemanha e, em 29 de agosto de 1867, se pronunciou em Munique no Congresso dos Juristas para exigir direitos iguais para todas as sexualidades.
Michael Dillon foi o primeiro homem trans a fazer uma faloplastia, a construção cirúrgica de um pênis. Também se acredita que ele tenha sido a primeira pessoa a fazer terapia hormonal com testosterona para sua transição. Dillon se tornou médico e serviu como médico naval. No entanto, quando a imprensa descobriu que Dillon não tinha nascido homem, ele fugiu para a Índia. Lá, ele fez votos para se tornar um monge budista.
A escritora feminista foi casada enquanto tinha um caso com a também escritora Vita Sackville-West, que era abertamente bissexual. Quando escrevia sobre seu caso e seu casamento, Woolf disse em seu diário: “A verdade que é podemos ter vários relacionamentos bons”. Acredita-se que seu livro, Orlando, seja uma carta de amor que fala dorelacionamento com Sackville-West.
Dedicada, a antiga primeira dama foi uma humanitária que presidiu o comitê que escreveu a Declaração Universal dos Direitos Humanos para a ONU. Eleanor promoveu ativismo social durante e depois do seu tempo na Casa Branca. Enquanto era casada com o Presidente Franklin D. Roosevelt, acredita-se que Eleanor Roosevelt tenha tido um caso com a jornalista Lorena Hickok, a primeira mulher a ter sua assinatura na primeira página do New York Times. Suas cartas, quase quatro mil delas, contam a história de um romance.
Abertamente bissexual, a talentosa pintora Frida Kahlo usava seu meio para abordar tópicos que eram tabus, como a sexualidade feminina, dor e padrões de beleza feminina, primariamente através de autorretratos. Ela também honrou a cultura indígena do México através de sua arte, que atraiu a atenção do pintor mexicano Diego Rivera. Rivera se tornou seu patrono e os dois acabaram se casando. Durante seu casamento, sabia-se que Kahlo tinha casos com homens e mulheres, inclusive Josephine Baker e Leon Trotsky.
Visto por muitos como o herói central da luta dos gays e lésbicas na África do Sul, Simon era ativista antiapartheid e dos direitos gays e do HIV/AIDS. Ele que fundou a Gay and Lesbian Organisation of the Witwatersrand (GLOW). Em 1990, Nkoli e GLOW organizaram a primeira marcha do orgulho em Johanesburgo. Eles também tiveram um papel importante em convencer o African National Congress, partido político líder da África do Sul, a reconhecer os direitos dos gays e lésbicas no país. Cinco anos depois, Nkoli declarou seu status HIV positivo e começou a trabalhar para desestigmatizar o HIV/AIDS.
Poeta e gay, o paquistanês Ifti Nasim se mudou para os Estados Unidos para evitar a perseguição devido à sua sexualidade. Sua coleção de poemas, Narman, é o primeiro livro de tema gay da poesia escrito e publicado em urdu. Ele também fundou a SANGAT/Chicago, uma organização que dava apoio à comunidade LGBTQIA+ no sul da Ásia.
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