Desde o dia 8 de outubro a cidade de Maiquinique, no sul da Bahia, está indignada com a violência sofrida pela transexual Natylla Mota Barreto, 21 anos, que foi agredida dentro de um hospital onde se arrastava em busca de atendimento. Neste sábado (22) a população da cidade realizou um protesto em frente da unidade de saúde para criticar a atitude transfóbica por parte dos profissionais que se recusaram a atender Natylla que havia sido agredida anteriormente na praça da cidade com socos e facadas.
Com palavras de ordem, cartazes e pedidos de justiça a população questionou as atitudes contra Natylla. Â A vítima estava com o namorado na Praça Willian Valadão, no centro da cidade, quando os dois começaram a ser hostilizados por um grupo de três mulheres e um homem. O grupo gritava palavras homofóbicas e dizia que ali era um lugar de família. Natylla rebateu e houve uma discussão que acabou deixando o namorado da vítima levemente ferido na mão. A vítima saiu para acompanhar o namorado ao hospital e justamente quando estava saindo foi atacada.
Mesmo ferida, ela foi até o Hospital Municipal de Maiquinique, onde as agressões continuaram enquanto Natylla esperava atendimento. Ela acabou sendo transferida para uma unidade em Itapetinga. As agressões dentro do hospital foram gravadas e divulgadas nas redes sociais.
Até hoje nenhum dos acusados pelas agressões foi ouvido pela Polícia Civil da cidade. O Me Salte tentou contato com a delegacia do município mas não obteve sucesso até a publicação desta matéria.