Uma ação publicitária envolvendo a Budweiser, cerveja mais vendida dos Estados Unidos, e uma influenciadora transgênero derrubou as vendas da companhia e terminou na demissão de dois executivos.
O caso envolve a Bud Light, versão mais leve da Budweiser. O episódio é o mais recente de uma série de ações de grupos conservadores contra direitos de pessoas transgênero, e foi descrito pela imprensa americana como um microcosmo do debate nos Estados Unidos hoje.
No dia primeiro deste mês, a influenciadora trans Dylan Mulvaney, que tem 1,8 milhão de seguidores no Instagram e 10,8 milhões no TikTok, publicou um vídeo de publicidade com a marca, em que mostra seis cervejas que recebeu com um desenho de seu próprio rosto estampado na lata, para comemorar um ano desde que ela se declarou trans publicamente.
As reações foram imediatas e grupos conservadores começaram uma campanha de boicote acusando a cerveja de patrocinar pautas transgênero, de “zombar” de mulheres e de expor crianças à sexualidade. Houve também ameaça de bomba a uma fábrica da empresa em Los Angeles, segundo a imprensa local.