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Daniela Mercury pede eleições diretas durante show de Réveillon; veja fotos da apresentação

Por Verena Paranhos

Aos 51 anos, Daniela Mercury voltou a ser menina, ontem. A menina de Brotas, que nasceu para as artes como dançarina e se tornou uma das grandes vozes da Bahia, viu a Arena Daniela Mercury – espaço para shows recém-batizado com seu nome – vibrar no Pôr do Som, evento que realiza há 18 edições e foi incorporado à   programação de Réveillon de Salvador.
No início da apresentação, o público foi surpreendido com trechos do documentário Axé: Canto de um Povo de um Lugar, de Chico Kertész, que será lançado dia 19 em todo o país.

Para relembrar a trajetória de mais de 30 anos de carreira, ela subiu ao palco de sapatilhas na mão e dançou balé ao som do Prelúdio de Bach, tocado por Ricardo Castro ao piano. O reconhecido maestro do Neojiba era antes de tudo o amigo de adolescência, que acompanhou Daniela aos 15 anos, nos primeiros shows de barzinhos.

“O show inteiro é um documento vivo da minha carreira e dos 30 anos de axé para agradecer para agradecer a Arena ter recebido meu nome. Meu coração está entrelaçado com a cidade. Salvador tem um pedacinho meu é minha música é ainda mais baiana agora”, disse ela.

Em outro momento, ela se estendeu ainda mais sobre o assunto: “Depois de aprovada essa péssima PEC, que a gente tente desfazê-la mais adiante. Parabéns à   garotada que ocupou as escolas contra a PEC. Esse ano é ano de reconstrução da democracia. Que a gente se encha de confiança em nós como povo, que não descansemos nenhum dia. Estamos perdendo nossos direitos, tenhamos cuidado. Queremos eleições diretas já!”, afirmou.

Confira galeria de fotos do show de Daniela Mercury (clique para ampliar)

Antes de cantar os hits que lhe renderam a alcunha de Rainha do Axé, Daniela Mercury emocionou os fãs entoando Fascinação, sucesso na voz de Elis Regina, acompanhada de músicos do Neojiba, que logo depois seguiram a artista tocando samba-reggae.
Paulo Goetze, de 32 anos, tinha apenas 14 quando viu Daniela Mercury estrear o Pôr do Som, na Barra. Desde então, o estudante não perdeu nenhuma das 18 edições do evento em que a cantora saúda o primeiro pôr do sol do ano com seu axé cheio de influências rítmicas. “É um show único, em que ela faz uma retrospectiva da carreira, disco a disco”, conta o soteropolitano, que junto com outros fãs fez 120 camisas para a apresentação, em homenagem à   artista.

O sergipano Pablo Amorim, 30, é um dos que vai levar para casa algo que, além de ficar na memória, será exibido na sala de casa como um troféu. O professor pegou uma das sapatilhas que Daniela Mercury jogou para os fãs. “Desde pequeno sou fã de Daniela e agora tenho uma parte que ficará comigo para sempre”, contou.

A programação de domingo foi aberta por Ricardo Caian, escolhido do público para participar da festa. Em seguida, foi a vez do Olodum mostrar seu samba-reggae. Depos de Daniela, a banda baiana Avenida Sete encerreou a noite.Em cinco dias de festa, segundo dados da Polícia Militar, pouco mais de 1,5 milhão de pessoas passaram pela Praça Cairu.

 

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