Por Fernanda Varela
O presidente da Federação Inglesa de futebol, Greg Clarke, que assumiu o cargo há apenas cinco semanas, falou sobre o cenário de homofobia ainda muito presente na Premier League. De acordo com o dirigente, a chance de um atleta poder falar abertamente sobre sua homossexualidade é mínima, já que corre sérios riscos de de perseguição e ofensas por parte dos torcedores.
“Creio que haveria ofensas significativas. Não acho que já tenhamos corrigido o problema da homofobia no futebol. Até hoje, apenas dois jogadores ingleses revelaram suas homossexualidades: Justin Fashanu, que o fez já na aposentadoria e se enforcou três anos depois, em 1993, e Liam Davis, que atuava numa liga inferior do Norte da Inglaterra”, lamentou. Diante de um comitê do Departamento de Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido, Clarke admitiu que ficaria bastante surpreso caso não houvesse pelo menos um único jogador gay na Premier League e que se sentia envergonhado pelo fato de que nenhum deles tenha se sentido confortável em falar abertamente sobre suas orientações sexuais.
Clarke afirmou ao comitê que não terá pena em atacar os torcedores homofóbicos como uma tonelada de tijolos. “Uma vez que tal comportamento se torne socialmente inaceitável, ele será varrido do jogo”, bradou.
Segundo o jornal Independent, ativistas de ONGs de direitos LGBT receberam as declarações com desconfiança e afirmaram que já ouviram promessas semelhantes de dirigentes anteriores.
1 Comentário
Show.