Pioneiros em trabalhos cênicos de dança de salão para público LGBTQIA+, o coletivo Casa 4 comemora cinco anos de atuação apresentando dois espetáculos em Salvador. Salão, de 2017, e Me Brega, Baile!, montado pela primeira vez em 2019, serão apresentados nos dias 15 e 16 de julho, no Teatro SESC do Pelourinho, a partir das 19h.
Os ingressos custam R$40 (inteira) – à venda na bilheteria do teatro – e dão acesso aos dois projetos. O coletivo, formado por Marcelo Galvão, fundador, Alisson George, co-fundador, Matheus Assis, Carlos Henrique Araújo e Leandro de Oliveira – diretor dos espetáculos – nasceu a partir das experiências de homens gays em dança de salão, que se uniram para compartilhar histórias vividas nestes ambientes.
Salão é um espetáculo que traz relatos de violências vividas por cada um de seus integrantes em ambientes de danças de salão. Me Brega, Baile! surge a partir de desejos de dançar a dois e questionar a restrição de exibição de afeto entre dois homens.
“Já ouvimos que Salão é um ‘espetáculo rapadura’: traz uma dura realidade, mas de uma maneira amável. É um espetáculo de fácil leitura do seu contexto”, conta o fundador do grupo, Marcelo Galvão, que também é dançarino. Sobre Me brega, Baile!, o co-fundador Alisson George conta que há a interação com o público, convidado a dançar junto: “O espetáculo se constituiu como um ambiente brega e cheio de amor para todas as pessoas que quiserem participar e dançar conosco”.
O Casa 4 vem despontando no cenário nacional por seu caráter pioneiro e inovador de promover dança de salão para o público LGBTQIA+, criando uma grande rede profissional e de afetos durante sua trajetória.
Já participou do Festival Mova-se (AM), Festival Internacional de Dança do Recife (PE), Encontro Contemporâneo de Dança de Salão (SP), Congresso Contemporâneo de Dança de Salão (BH) e o Palco Giratório, que promoveu o espetáculo e outras ações, como oficinas, em vários estados brasileiros.
“Somos o primeiro coletivo a pensar a dança de salão de maneira contemporânea e questionando questões de misoginia, machismo, homofobia, entre outras frequentemente vistas nestes ambientes de danças em pares”, defende Marcelo.