Hoje eu gostaria de falar sobre a moral que um crachá dá para uma estudante (quase formada) de jornalismo. Moral no sentido de “distinção”, “poder”, “reputação”… moral no bom e velho baianês: “fulano tem uma moral retada, vei”. As últimas imersões me permitiram sair para a rua (por duas vezes, sozinha) e, todos sabem, sempre com o crachá do CORREIO penduradinho no pescoço. Pois bem.
Essa é a minha primeira experiência de redação e, consequentemente, é a primeira vez que uso um crachá representando um jornal. Todas as vezes que tive a oportunidade de sair e exibir meu crachá para as pessoas ao redor, percebia olhares diferentes. Olhares de admiração, olhares de espanto, olhares de “endeusamento”, e apenas alguns poucos olhares de receio ou repúdio (mas nada muito grave até o momento rs).
É muito engraçada e curiosa a maneira como as pessoas enxergam os jornalistas. Nós sempre ouvimos opiniões e declarações pejorativas a respeito da nossa profissão. Mas, creio que ainda exista uma espécie de “aura” em torno dela. Falo isso com base nas minhas poucas experiências como repórter estagiária, sem verdades absolutas ou problematizações mais aprofundadas.
Não sei se vocês jornalistas e estudantes da área têm a mesma sensação. No entanto, o fato de se ter um crachá no pescoço – representando o maior veículo da Bahia e líder no Norte e Nordeste (vale ressaltar) – provoca uma mudança muito significativa na recepção das pessoas. Quando ainda fazia matérias apenas para a faculdade, sentia uma certa resistência, ou até mesmo descaso, de determinadas fontes. Hoje, eu tô com uma moral retada, vei! rs
Porém, contudo, entretanto, todavia, não se deve esquecer, “jamé”, da responsabilidade de portar um crachá que representa um veículo como o CORREIO. Grandes poderes, grandes responsabilidades, não é mesmo?