Por Clarissa Pacheco (clarissa.pacheco@redebahia.com.br)
Depois de fazer uma participação especial na websérie Esconderijo, Zélia Duncan gravou um depoimento (
https://youtu.be/Vuu7ks1tboQ) ao lado da atriz Mirela Pizani em que fala sobre como teria sido importante que, na juventude, ela tivesse tido contato com séries como aquela, que falam sobre mulheres que amam outras mulheres com a naturalidade que elas merecem.
De fato: filmes, séries, livros… Ainda são poucas as produções que falam da gente como protagonistas. Ainda falta visibilidade, mas, ainda bem, há gente trabalhando para mudar esse cenário. Já falei aqui,
em outra ocasião, sobre webséries brasileiras com temática lésbica que estão fazendo toda a diferença. Nesse agosto da viabilidade lésbica, resolvi falar também de filmes!
Para não acabar dando spoilers, vou usar aqui a sinopse original das produções. Prepara a pipoca – e o lencinho…
— Desobediência (1h54 / 2018)
Dirigido por Sebastián Lelio, o mesmo de ‘Uma mulher fantástica’, vencedor este ano do Oscar de melhor filme estrangeiro, ‘Desobediência’ conta a história de Ronit (Rachel Weisz), que retorna para a cidade natal pela primeira vez em muitos anos em virtude da morte do pai, um respeitado rabino. Seu afastamento foi bastante abrupto e o reaparecimento é visto com desconfiança na comunidade, mas ela acaba acolhida por um amigo de infância (Alessandro Nivola), para sua surpresa atualmente casado sua paixão de juventude, Esti (Rachel McAdams). As duas vão explorar os limites da fé e da sexualidade.
— O perfume da memória (1h12 / 2016)
O filme é baseado na música homônima de Oswaldo Montenegro – também responsável por roteiro e direção -, e fala da história de amor entre Ana e Laura, duas mulheres com várias afinidades, mas tendo que lidar com divergências irreconciliáveis. Ana tem um misterioso segredo que pode gerar um conflito entre a razão e o desejo, afastar ou aproximar as duas.
— Eu, Tu e Ela (3 temporadas / 2018)
A série fala de poliamor e está disponível na Netflix. Confesso que pensei em desistir no meio do caminho, mas decidi dar uma chance e valeu à pena. Nada de fetichismo envolvendo uma relação entre duas mulheres e um homem. Pelo contrário, o tratamento dado à relação é bastante sensível. A série fala do seguinte: seguindo o conselho de seu irmão, Jack (Greg Poehler) decide contratar uma acompanhante de 25 anos, Izzy (Priscilla Faia) para alimentar o seu casamento com Emma (Rachel Blanchard). Mas Izzy acaba se envolvendo no casamento e formando um triângulo amoroso que começa a chamar a atenção dos vizinhos.
— Pretty Little Liars (7 temporadas / 2010-2017)
A série é baseada nos livros de Sara Shepard que levam o mesmo nome. O que nos interessa aqui é a história de Emily Fields (Shay Mitchell), uma atleta apaixonada por sua melhor amiga, Alison Dilaurentis (Sasha Pieterse). Os sentimentos de Emily vão bse desenrolando ao longo da série que tem um quinteto adolescente como protagonista.
— The L Word (6 temporadas / 2004-2009)
Não, não tá na Netflix. E sim, ela acabou há quase dez anos. Mas e daí, né? Tem muita gente que ainda não viu e acho que todo mundo merece ver de novo, porque The L Word é simplesmente a mãe de todas as séries lésbicas! Foi lá que eu ouvi falar pela primeira vez sobre rebuceteio e se você não sabe o que é, vai ver já! A série acompanha as vidas e os amores de um grupo de lésbicas que vivem em Los Angeles. São elas: Jenny (Mia Kirschner), que acabou a faculdade e se muda para Los Angeles para morar com o namorado, mas começa a questionar sua sexualidade; o casal Bette (Jennifer Beals) e Tina (Laurel Holloman); Marina (Karina Lombard), dona de uma cafeteria local onde todas se encontram; Dana (Erin Daniels), uma jogadora de tênis; Alice (Leisha Hailey), uma jornalista; Shane (Kate Morningside), uma cabeleireira; e Kit (Pam Grier), a meia-irmã de Bette que luta contra o alcoolismo.
— A jovem rainha (1h46 / 2015)
Cristina (Malin Buska), rainha coroada da Suécia, foi criada rigorosamente como um príncipe. Ela assume sua posição como líder e, inspirada pela filosofia, enfrenta grande resistência a suas ideias de modernizar a Suécia e acabar com a Guerra dos Trinta Anos, entre protestantes e católicos. Além dos problemas políticos, Cristina ainda precisa lidar com a sua crescente atração e paixão por sua dama de companhia, a condessa Ebba Sparre (Sarah Gadon).