Keila Simpson, presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) – entidade que reúne mais de 170 ONGs em todo o país -, foi detida e deportada do aeroporto do México neste domingo (1º).
De acordo com informações veiculadas pela Antra nas redes sociais a baiana foi impedida de entrar no país por sua expressão de gênero não corresponder ao nome que consta em sua documentação. “Não me deixaram passar pela minha condição de travesti”, desabafou Keila (clique aqui e veja o vídeo que Keila gravou ao chegar no Brasil)
Ativista na luta por direitos, Keila foi convidada para ir até o México para participar de um fórum social mundial representando o Brasil pela Abong e Antra.
Nesta segunda-feira (02), após chegar no Brasil, Keila fez um relato nas redes sociais:
“Fiquei retida na alfândega do aeroporto da Cidade do México porquê queriam que apresentasse a meu bilhete com a passagem de volta, mesmo mostrando o bilhete eletrônico, a reserva do hotel, e o dinheiro que tinha incluindo o visto eletrônico não me deixaram entrar. Não foi legal, mas não fui maltratada para além desse episódio.
Lá para as 10h me permitiram fazer uma ligação de um minuto. Chamei a Raquel da ABONG e o Franklin também da ABONG e deixei recado. Me deram um sanduíche de pasta de feijão com frango empanado nunca comi nada pior na vida, depois fui recebida pelos agentes de diretos humanos que registraram a ocorrência e deixaram um número para fazer a denuncia formal. Por enquanto foi isso. Grata mais uma vez”, destacou Keila.
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Ativista do movimento LGBT desde 1990, Keila Simpson Souza é travesti, tem 53 anos e além de presidir a ANTRA, é também coordenadora do Espaço de Sociabilidade e Convivência do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT da Bahia.
Em 2014 ela foi condecorada com o Prêmio Direitos Humanos, recebido das mãos da então presidente Dilma Rousseff. A ativista também lutou anos pela conquista do direito ao nome civil dos transexuais.
Foto: Reprodução/ Instagram Keila Simpson