O teatro-filme Escorpião voltará a cartaz em Salvador de 26 de julho até 18 de agosto, de quinta-feira a domingo, às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA). O espetáculo, baseado no texto do autor paulista Felipe Greco, é mais uma montagem da ATeliê voadOR.
O enredo da peça é uma farsa de sujeitos que estabelecem entre si um jogo de ocultação/revelação do desejo, envolvendo tensões/tesões de Boris e Edu, personagens centrais da história. Escorpião é uma espécie de ficção etnográfica outsider, cruel e perversa, marcada por masculinidades precárias.
Boris (Duda Woyda) é um ex-presidiário que mantém relações sexuais com mulheres, homens e travestis por algum retorno financeiro. O envolvimento em um crime o aproxima de Edu (Gleison Richelle). O encadeamento das ações irá revelar quem é quem nessa história de suspense.
A encenação de Escorpião é claustrofóbica e expõe as personagens num espaço paradoxal carregado de surpresas, mistérios, revelações e peripécias. O espetáculo-filme revela personagens complexos que transitam incógnitos pelo submundo a vivenciar desejos encobertos e enfrentar dramas pessoais. Fetichismo, homofobia, masculinidade precária e machismo tóxico são alguns dos temas abordados pela peça.
Após a peça, através de um QR Code, o público tem acesso a outros elementos da história não revelados no teatro, ou seja, quando o espetáculo encerra no teatro, continua fora, na tela do celular.