Um vendedor ambulante foi morto em uma estação do Metrô de São Paulo na noite de Natal (25). Segundo a secretaria estadual de Segurança Pública (SSP-SP), o vendedor Luís Carlos Ruas, 54 anos, foi agredido por dois homens, por volta das 22h25 de ontem, e morreu após ser espancado dentro da Estação Pedro II. O boletim de ocorrência do caso não esclarece, mas há indicativos de que o ambulante tenha sido espancado após defender um morador de rua homossexual, que teria se desentendido com os dois agressores.
De acordo com a SSP-SP, Ruas comercializava salgados e refrigerantes na Rua Vergueiro, na região central da capital paulista, e se desentendeu com os dois homens, próximo à estação do metrô. Ele tentou correr até a bilheteria da estação para escapar dos dois homens, mas foi atingido por vários golpes e caiu no local. Os agentes de segurança do metrô o socorreram e o encaminharam ao Hospital do Servidor, mas ele não resistiu à s agressões.
“Foi tudo muito estranho. Eu estava saindo do local onde trabalho, e, do nada, surgiu um jovem meio forte, que começou a me dar socos. Aí, apareceu outro, e começou a me chutar. Não houve nenhuma troca de palavras. Apenas agressões. Um amigo meu, que é travesti, chegou para me ajudar e também apanhou”, afirmou.
Foi neste momento que Luís Carlos Ruas, também conhecido como à ndio, tentou intervir. “Ele só tentou me defender. Chegou e falou: ‘não bate nele. O que ele fez?’. E voltou para o carrinho dele… Foi quando os dois correram atrás dele. Ele apanhou até morrer”, lamentou Brasil. “Eu o conhecia há 15 anos. Ele era um senhor muito agradável, de família. Nunca se envolveu em confusão com ninguém. Era uma pessoa que trabalhava das 6h à s 23h. Ele viva pela família e pelo trabalho”, finalizou. Assista ao vídeo da entrevista.
Procurado pela Agência Brasil, o Metrô de São Paulo informou que depois de prestarem os primeiros socorros, os agentes de segurança da empresa conduziram o ambulante para o Pronto Socorro Vergueiro. Segundo a nota, o ambulante foi agredido na área livre do mezanino da Estação Pedro II. “O Metrô colabora com a autoridade policial para o esclarecimento do crime”, diz a nota.
*Com informações de Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil