Por Anderson Sotero, especial para o Me Salte

Quando Adriana Calcanhotto entra no palco e canta o verso “coisas sagradas permanecem” da canção “Recanto Escuro” parece reafirmar que Gal Costa vive, seja na sua imensa obra musical ou na lembrança dos seus milhares de fãs, que lotaram a Concha Acústica do Teatro Castro Alves, na noite desse domingo, 14, e fizeram questão de cantar alguns dos grandes sucessos imortalizados na voz de Gal.

O show foi o encerramento da curta turnê em homenagem a Gal Costa, falecida em 9 de novembro de 2022. O espetáculo é fruto de uma ideia de Marcus Preto, produtor e diretor artístico de álbuns e shows de Gal nos últimos nove anos. A equipe de Gal havia manifestado o desejo de fazer uma homenagem a ela e a cantora escolhida foi justamente Adriana.

A direção do show é assinada por Adriana e Marcus e o cenário é de Omar Salomão, filho do poeta Waly Salomão, compositor da canção “Vapor Barato”. No palco, Adriana é acompanhada por músicos que tocaram com Gal em seus trabalhos mais recentes. Limma (teclados), Fabio Sá (baixo) e Vitor Cabral (bateria e percussões) e Pedro Sá (guitarra e violão). A conexão entre eles e cantora fica visível no show. Em um dos trechos, ela se posiciona no canto do palco, enquanto assiste eles tocarem a canção de Waly, sendo aplaudidos de pé pelo público.

No repertório, músicas consagradas na voz de Gal, como Baby, Tarde de domingo, Caras e bocas, Volta e Negro Amor, entre outras, ganham um tom de homenagem, interpretadas por Adriana. Em algumas delas, o público assistiu a uma perfomance um pouco diferente da cantora, que costuma se apresentar de maneira mais contida. Uma Adriana que se movimenta de um lado a outro do palco canta “Bloco do prazer” e “Dê um rolê” de forma visceral.

Adriana Calcanhoto – Foto: Anderson Sotero

Em uma das canções, ela faz o público entoar o frase “Gal, eu te amo”, enquanto olha em direção ao céu. Já em “Dê um rolê”, Adriana abre a camisa branca e deixa os seios à mostra, em mais uma homenagem à grande intérprete da MPB. O que parecia ser dito no início do show se torna, mais uma vez, uma certeza. Gal vive. Sua obra é eterna.

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