Oito pessoas que se declararam LGBTs  disputaram neste domingo (2) uma das 43 cadeiras da Câmara de Vereadores de Salvador. Contudo, nenhuma candidatura teve êxito no pleito e, pelo menos oficialmente, não haverá nenhum (a) vereadora (or) LGBT na capital baiana pelos próximos quatro anos. Quem teve melhor desempenho nas urnas foi Larissa Moraes (PMDB), lésbica assumida, que conseguiu 6,5 mil votos, e está na suplência da sua coligação. Na 2ª posição ficou Luck Santiago (PTN) com 2.507 votos. Léo Kret (DEM), que é mulher trans e já foi vereadora, ficou na 3ª posição entre os LGBTs com 2.266 votos.
Outras candidaturas, em que havia muita aposta da militância, tiveram péssimo resultado nas urnas. Foi o caso de Marcelo Cerqueira (PSB), presidente licenciado do Grupo Gay da Bahia, que teve apenas 658 votos; Paulett Furacão (PSB), a primeira mulher trans a ocupar um cargo público na Bahia,  obteve 603 votos; e Dion Santiago (Solidariedade), ativista e artista, teve somente 621 votos.  Já Sebastian (PSDB), por sua vez, teve 106 votos; e Rafaela Garcez (PTN) teve 426 votos.
Com esses resultados nós, LGBTs, continuamos sem representatividade na Câmara Municipal de Salvador. Fica, nesse momento, uma reflexão sobre as causas disso: será que foi pelo fato das candidaturas LGBTs – apesar das negativas públicas – brigarem entre si? Seria mais uma dose de preconceito contra nós LGBTs?
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