Pegação profissional: amigos criam pulseiras com telefone e @ do instagram para distribuir pros contatinhos no Carnaval de Salvador
22 de fevereiro de 2020
Um viado nas Muquiranas: foram sete horas de insultos homofóbicos, tapas na bunda e até cantada
26 de fevereiro de 2020

Recifense ganha concurso de fantasia LGBT de Salvador com homenagem à Santa Dulce

Foi com a fantasia em homenagem à Santa Dulce dos Pobres que o recifense Severino Queiroga da Silva, 53 anos, venceu a 23ª edição do Concurso Nacional de Fantasia LGBT, na categoria Originalidade, recebendo um prêmio de R$4 mil.

Em meio ao Carnaval dos Carnavais, o evento aconteceu na noite desta segunda-feira (24)  na Praça Municipal, no Centro Histórico de Salvador, e contou com 15 participantes. Os candidatos também concorreram na categoria Luxo, cujo resultado ainda não foi divulgado.

A ocasião também contou com performances de atores transformistas e shows artísticos como da transexual paulistana Whilla White e das drags baianas Léo Vittar, Scher Marie, Sissy Zeta, Suzzy d’ Costa e Scarleth Sangalo. O concurso foi promovido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), em parceria com a Quimbanda Dudu, e apoio da Prefeitura, através da Empresa Salvador Turismo (Saltur). 

Severino, que já possui oito títulos no concurso, disse que a fantasia de Santa Dulce foi feita por ele mesmo e pesa cerca de 54 quilos, com quatro metros de altura e seis de largura. A criação durou cerca de dois meses. O destaque vai para os elementos recicláveis presentes no conjunto, a exemplo de garrafas, colheres de aniversário e sacos de farinha.

“Não é fácil concorrer nesse concurso. Os participantes não brincam em serviço. Todos chegam com fantasias incríveis. É uma oportunidade de celebrar a nossa arte e mostrar nosso trabalho. É um evento muito importante para todos nós. Que esse concurso nunca se acabe”, declarou o vencedor.

Ficaram com a segunda e a terceira colocação na categoria Originalidade Fábio Bezerra, de Petrolina, com a fantasia “Oxum, a Moça que Mora N’Água”, e Antônio Matos, da mesma cidade, com o tema “Dia de Branco – Um Brinde à Musicalidade de Geraldo Azevedo”.

 Para o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, a realização deste evento mantém acesa a tradição e cultura LGBT. “Esse concurso é muito importante porque possibilita, sobretudo, a criatividade da população LGBT. É uma forma de fomentar a veia cultural, valorizando essa população que é tão criativa e cheia de talento”, afirmou.

Os jurados levaram em conta a beleza, elegância, simpatia, desenvoltura na passarela, pedraria, penas, postura e, por fim, o valor gasto pelo candidato na produção da roupa, especialmente na categoria luxo, a mais esperada do evento.

Na categoria Originalidade, os critérios são a semelhança com a ideia original. Entretanto, é proibida a utilização de materiais preciosos, pedrarias caras, penas raras e lantejoulas, entre outros assessórios que possam dar conotação de Luxo. Além de dois novos critérios dentro da avaliação, que são apresentações que representem “protesto” e “irreverência” de situações da atualidade.

Foto: Mauro Akin Nassor/Divulgação/Secom

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *