Um especialista em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta segunda-feira (18) a todos os Estados-membros que tomem “ações urgentes” para erradicar a violência e discriminação contra a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
Assim armou o novo relator especial da ONU para a proteção contra a violência e a discriminação baseada na orientação de gênero e identidade sexual, Victor Madrigal-Borloz, em seu primeiro discurso social perante a 38ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que começou hoje em Genebra.
“A cada dia milhões de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e pessoas com outras identidades sexuais são submetidas a ações de grande crueldade unicamente baseadas em quem são ou ao que desejam ser”, sustentou Madrigal-Borloz.
Neste sentido, defendeu que “se opor a criar ações para proteger este coletivo dessa a lógica e qualquer justificativa”. O relator opinou que o estigma e os preconceitos, reforçados por leis e regulações discriminatórias, são “a raiz” da violência e da discriminação e garantiu que “nenhum país e nem região do mundo estão isentas desta praga”
O especialista denunciou que mais de 3 bilhões de pessoas vivem em países nos quais as leis ou outras medidas criminalizam seus cidadãos pela sua orientação sexual, por isso que considera que o reconhecimento do problema e a adoção de medidas efetivas comportariam uma “diferença significativa”. Por isso, pediu a todos os membros das Nações Unidas que escutem o
testemunho de pessoas afetadas pela discriminação e que “empreendam ações”.
Da Agência Brasil