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Netinho destila ódio para a comunidade gay e diz que não faz sexo desde 2016 em entrevista a Eduardo Bolsonaro

Em 2010, o cantor Netinho assumiu que era bissexual. Mas, agora, resolveu destilar ódio para a comunidade LGBTQIA+, que ele diz fazer parte. Em em entrevista ao deputado federal Eduardo Bolsonaro – que será veiculada na íntegra no sábado (1º) – o cantor de 54 anos usou palavras de baixo calão para falar sobre a comunidade LGBTQI+.

“Se esse pessoal LGBT não vivesse de acordo com o fiofó, porque eles vivem assim, pensando no fiofó, estariam hoje comandando o Brasil junto com o Jair (Bolsonaro), apoiando o Jair, ia ser maravilhoso. Mas eles foram doutrinados a enxergar a vida pela lente do fiofó”, disse em trecho da entrevista já divulgado.

É totalmente equivocado o raciocínio dele da relação da comunidade LGBT com o atual presidente do Brasil que já se mostrou em diversas ocasiões contrário às questões de gênero. Uma pena que mesmo dentro da comunidade – que ele já admitiu fazer parte no passado – tenhamos que conviver com esse tipo de pensamento retrógrado, ultrapassado e cheio de esteriótipos.

O cantor falou ainda que está há quatro anos sem fazer sexo. “Eu não podia ver um buraco de fechadura que me dava tesão. Em 2016, por ter a cabeça modificada e entendido essa situação toda, decidi me abster de sexo, não faço mais sexo na minha vida”, disse o baiano de 54 anos.

A declaração da falta de sexo tem causado repercussão nas redes sociais, mas quanto a isso, caros leitores, obviamente é uma decisão individual. Espero que ele seja feliz sem sexo – mas pelo visto não está funcionando. As posturas que ele tem adotado de destilar ódio para a comunidade LGBTQIA+ são uma mostra de que algo está errado nessa vida. Não sei se é a falta de sexo, mas talvez seja a hora de repensar isso, Netinho! #ficaadica já que o sexo libera dezenas de substâncias que nos ajudam a melhorar a vida. Ah, e uma terapia também sempre ajuda!

Veja o trecho da entrevista:

Infelizmente, a postura adotada por Netinho é totalmente desrespeitosa. Ele, no trecho divulgado da entrevista, vai de encontro a toda forma de respeito que se deve ter entre pessoas – e nem estou falando aqui de orientação sexual.

Uma pena que alguém que já foi ídolo de uma geração tenha se perdido no tempo e no espaço dessa forma. Esse ódio gratuito e desnecessário parece coisa de quem quer apenas aparecer para a mídia para ser lembrado. Seria tão mais legal que ele ficasse só na memória cantando Mila, né?

Drogas e Carnaval
Em outro momento da entrevista, o cantor baiano criticou também o Carnaval de Salvador. “O carnaval de Salvador é Sodoma e Gomorra. As famílias que têm filhos adolescentes não querem mais levar para a Bahia. Vai ver homem se beijando com homem, abaixando o short no meio da rua para o pessoal do camarote assistir, os camarotes são inundandos de drogas”.

As críticas que ele faz ao Carnaval são completamente carregadas de preconceito. Quem já pisou no Carnaval de Salvador sabe que não são apenas os gays que se beijam na rua. Esse tipo de pensamento que relaciona os LGBTs com a promiscuidade é completamente preconceituoso e movimenta um ódio gratuito e desnecessário.

O cantor, em 2013, afirmou que já viveu “uma experiência com anabolizantes”. Na publicação que ele fez em redes sociais, o músico afirmou que um médico de São Paulo receitou e vendeu o medicamento. Netinho foi internado em um hospital de Salvador no dia 24 de abril de 2013.

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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