O coletivo Surdarte lança a primeira edição da Mostra Negra de Arte Surda LGBTQIA+ (Monas+), que ocorre entre os meses de fevereiro e março, com o intuito de estabelecer conexões entre públicos surdos e ouvintes para debater a cultura surda, diversidade e acessibilidade, por meio da arte, com oficinas de dança, poesia e outras ações em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
A Monas+ abordará acessibilidade e religiosidade afro-brasileira para tratar da comunidade surda e como ela acessa e exerce a sua ancestralidade em terreiros de candomblé, espaços que ainda encontram dificuldades na comunicação em Libras. As ações da mostra fortalecem a arte e a autonomia de pessoas surdas interseccionando com as questões raciais, de gêneros e sexualidade além de oferecer visibilidade ao protagonismo e discutir o lugar de fala de cada um ao debater conquistas e reivindicações de direitos e pautas na esfera pública e privada.
Diversas oficinas, entre elas: “Libras Básica”, para pessoas ouvintes de religião de matriz africana; “Poesia Surda”, com foco em surdos e ouvintes fluentes em Libras, e “Vibra Dança”, que propõe ao público surdo uma nova experiência de percepção e entendimento do som por meio da vibração utilizando a dança dos orixás, além de debates sobre estudos em torno da terminologia afro-brasileira e os processos de tradução do Iorubá para a Libras culminarão o mês de fevereiro por meio das plataformas digitais do projeto.
As produções em vídeo das performances dos participantes, resultantes das oficinas, integrarão a mostra que será apresentada no dia 4 de março, e serão divulgadas no canal do Coletivo Surdarte no YouTube.
Para mais informações é possível entrar em contato por meio do perfil do coletivo no Instagram (@surdarte). As inscrições podem ser realizadas gratuitamente até o dia 5 de fevereiro por meio do formulário on-line acessível em libras (https://bit.ly/3KMFJd4) e o resultado das inscrições ocorre no dia 6 de fevereiro. Os inscritos terão direito a certificado emitido pelo Teatroescola.