Por Carmen Vasconcelos
Quem foi à última edição do Mercado Iaô antes do Carnaval teve a impressão de que o reinado de Momo havia chegado mais cedo. Pela primeira vez desde que o evento foi iniciado, os portões foram fechados à s 16h, quando o normal é o encerramento à s 18h. Antes mesmo da anfitriã subir ao palco, o espaço já fervilhava e atingiu o público máximo – cerca de 5,5 mil pessoas. A razão de tanto alvoroço atende pelo nome de Ivete Sangalo, a convidada para essa edição. A abertura do show foi feita pelo lendário Riachão, que apesar da aparente fragilidade dos seus 95 anos, contagiou o público com clássicos como ˜Cada macaco no seu galho™ e ˜Retrato da Bahia™.
Em seguida, Margareth Menezes fez o público dançar ao som de Alegria da Cidade, Faraó, Dandalunda, além de lembrar de I miss her, do Olodum; Mama à frica, deChico César; e à rvore, de Edson Gomes. O público foi ao delírio quando Maga cantou Ainda Bem, de Marisa Monte, num ritmo bem próximo do arrocha. Ela é maravilhosa e, além disso, sabe passear por ritmos diversos, comentou a administradora Priscila Macambira.
Pela primeira vez no Mercado, ela reconheceu que se soubesse que o espaço oferecia tanta riqueza cultural não teria perdido tempo. Mesmo cheio, há um clima de calma e isso é muito positivo, comentou ela. Com uma postura bem parecida, a professora Maria José Costa afirmou que se fosse por sua vontade, as edições do Mercado Iaô seriam realizadas todos os finais de semana do ano. É um encontro sensacional: reúne boa música, bons convidados e uma proposta que é muito interessante, principalmente para mim que moro aqui perto, completou.
Quando Margareth finalizou Sina, de Djavan, foi a deixa para Ivete subir ao palco, levando uma legião de fãs ao delírio. Entre as canções que foram apresentadas pela estrela da música baiana, a música O Farol agitou o público.