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Lésbica: ser ou não ser?

Lésbica: ser ou não ser. Como se fosse assim, (né, bê?), uma escolha. Ai, hoje eu vou ser sapa porque tô a fim de pegar a Alex Vause (essa aqui, pra quem tá aqui só na curiosidade e nunca quis mesmo nada com a Alex. SEI…). Amanhã eu vou virar hetero, pra variar, mudar o cardápio. Outro dia me perguntaram o que eu achava que era mais difícil: ser gay ou ser lésbica. Bom, embora possa falar com a propriedade de quem vive a vida cercada de boys que gostam (adoram!) outros boys, só posso falar sobre ser sapa.

E, olhe, nem sempre é aquele paraíso que os amigos hetero adoram pensar: um harém e você no meio, lacrany, cercada de beldades. Todas elas têm TPM, viu? Mulher junta é daquele jeito: tem que rezar para o ódio do mundo vir aos pouquinhos. Ou a gente se mata “ e, como dizem as más (ou boas, vai saber) línguas, depois resolve tudo com sexo. Ah, esses clichês…

Tem uns bem verdadeiros: todo sapatão se apaixona por um casal de série e fica viciado assistindo aquilo, só esperando as duas se encontrarem, nem que seja pra pegar na mão uma da outra. Também pode procurar no Youtube da vida que tá cheio de vídeo montado com nome de casal “ é assim, junta o nome de uma com o da outra e dá um apelido: Betina, Sharmen, Calzona, Cophine e por aí vai. Aí bota uma música de fundo e lá vai a sapa assistir aquilo em looping. Ahh, sapa também adora uma historinha: ô, povo romântico…

Agora, no meio dos clichês, tem os mentirosos: quem disse que sapa casa no segundo encontro? Tenho muitos motivos para pensar que a maioria casa mesmo é no terceiro “ brinks! (Mas meus amigos gays todos já casaram =P). Quem disse que lésbica precisa se vestir e se comportar igual a homem? Quem disse que a gente coça o saco, cospe no chão, arrota na mesa, briga de faca? Tá, tá bom, nem todo mundo é perfeito, mas tem sapa pra todo gosto!

Talvez o pior, mesmo, de ser sapa “ respondendo à  quela pergunta que me fizeram dia desses “ seja aguentar o preconceito, o olho torto, a dificuldade das pessoas em aceitar. Ou a decepção dos mais próximos. Ou, pior, aguentar que a gente, assim como qualquer pessoa, está sujeita a cair no gosto de qualquer um. Tipo aquele cara nojento que acha que pode te curar.

Pode não, viu, binho? Conforme-se e se afaste. Respeite as mana, os mano, as mina, as mona… E se acomode porque, pense aí, você, todo gato, todo lindo, todo todo, cheio de barba, com essa barriga de tanquinho e esse olhar 43, todo tirado a Cauã Raymond, achando que pode competir com uma moça, venha ela de mini saia e salto 15, de vestidinho e rasteira ou de bermudão, mesmo (tô mentindo, viadas?).

Texto escrito por Lola, nossa colunista que vai falar semanalmente (ou quando der na telha dela) sobre as lésbicas.
Tem dúvidas? Manda que Lola responde: mesalte@redebahia.com.br

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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