A sexta edição da Periódicus, revista de estudos indisciplinares em gêneros e sexualidades, já pode ser conferida no site da publicação (clique aqui). Nesta edição, a revista publica o dossiê Genealogias excêntricas: práticas artísticas queerfeministatrans e conhecimentos dessubjugados, organizado pelos pesquisadores João Manuel de Oliveira (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa) e Tiago Sant´Ana (UFBA). O dossiê conta com oito textos. Além disso, a edição ainda possui sete artigos na sessão livre e duas resenhas. A revista Periódicus é uma publicação online do grupo de pesquisa Cultura e Sexualidade (CUS), da Universidade Federal da Bahia.
As genealogias excêntricas referem-se a estas genealogias outras, que emergem fora dos centros de produção de conhecimento, a partir de conhecimentos subjugados, surgindo das periferias e das semiperiferias, que se apresentam como extravagantes face a uma determinada ordem canónica que normaliza o modo como se conta e que se apresentam como formas de estranhamento do que conta como queer ou como género, escreve João Oliveira, na apresentação do dossiê. Por causa do tema do dossiê, a revista resolveu publicar em sua capa uma imagem dx artista Malayka SN, de Salvador, que tem se destacado na cidade em suas performances, em especial sob o comando das Terças Estranhas, no bar Âncora do Marujo.
A sexta edição também marca o momento em que começam a ser divulgados os resultados das primeiras avaliações das áreas da Capes para a revista. Por enquanto, dez áreas já divulgaram a avaliação da revista e duas delas (Sociologia e Artes/Música) concederam o conceito B3 para a Periódicus. A área interdisciplinar, na qual mais se situa a revista, ainda não divulgou o resultado de sua avaliação. “Conseguir um B3 na primeira avaliação, para uma revista produzida sem um centavo, apenas com o trabalho voluntário das pessoas, é uma vitória”, disse o professor Leandro Colling, que edita a revista junto com Carlos Henrique Lucas Lima.
A revista já está recebendo textos para o dossiê do sétimo número, a ser publicado em maio-junho de 2017. Intitulado Sapatão é revolução! Existências e resistências das lesbianidades nas encruzilhadas subalternas e será organizado pelas professoras e pesquisadoras Ana Cristina C. Santos (Universidade Federal de Alagoas), Simone Brandão Souza (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) e Thaís Faria (Universidade Federal da Bahia). Os textos para a sétima edição devem ser enviados até dia 6 de março de 2017, exclusivamente através do site da revista, dentro das normas disponíveis aqui. A sessão livre recebe submissões em fluxo contínuo.