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Ganhador do prêmio na Alemanha, filme LGBTQ+ ‘Tinta Bruta’ será exibido em Salvador

Tinta Bruta - Divulgação1 (1)

Premiado nas categorias Longa de Ficção, Ator, Ator Coadjuvante e Roteiro do Festival do Rio, Tinta Bruta, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, integra a Competitiva Nacional do XIV Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontece até 21 de novembro, no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha.

O filme será exibido neste domingo (18),  às 19h40, e ao final haverá um debate com os diretores. A obra apresenta a melancolia de um jovem gay enquanto lida com as consequências de um incidente e a mudança da irmã para outro país. Assinando o roteiro com Márcio, Filipe ressalta que o longa dialoga com o momento sociopolítico vivido pelo país. “Tinta Bruta chega para falar sobre resistência, falar da importância de criar grupos de afeto, olhar para o outro, de estarmos juntos e saber que não estamos sozinhos”, afirma.

Ganhador do Teddy Bear de Melhor Longa-metragem, categoria voltada para produções com temática LGBTQ+ no Festival de Berlim, Tinta Bruta é protagonizado por Shico Menegat, em sua estreia como ator. Na trama ele dá vida a Pedro, jovem que realiza perfomances eróticas com o corpo coberto de tinta para milhares de anônimos, pela internet. Após uma longa busca pelo ator ideal para o filme, os diretores descobriram Shico enquanto ele trabalhava como DJ numa festa.

Filipe conta que procuravam um intérprete que fosse de Porto Alegre, pois a cidade é um elemento muito importante na trama, e que aliasse uma aparência frágil a uma intensidade que ficasse visível no olhar. Após longa procura, o encontro casual com Shico lhes deu certeza de que tinham encontrado o protagonista. Como Shico nunca tinha atuado, Filipe e Márcio realizaram um processo de preparação de sete meses até que ele estivesse pronto para gravar.

Panorama LGBTQ+
Com curadoria especialmente marcada por questões sociopolíticas, a 14ª edição do Panorama tem outros filmes que se destacam na abordagem de temas relacionados ao público LGBTQ+. Um deles é Bixa Travesty, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, que documenta a vida e a carreira da cantora negra e trans Linn da Quebrada. Ganhador do Teddy Bear de melhor documentário no último Festival de Berlim, o filme venceu na categoria Júri Popular no Festival de Brasília e será exibido no dia 18/11, às 20h40.

Também no dia 18, às 17h40, o curta-metragem de ficção Prisioneira da Sociedade (Prisoner of Society), de Rati Tsiteladze, mostra uma jovem transgênera presa entre o desejo de liberdade e expectativas de seus pais durante tensões provocadas pelas políticas LGBTQ+ na longínqua Geórgia. Outros pontos altos da programação são Luna (Cris Azzi), Reforma (Fábio Leal), Precisamos Falar Sobre Tudo (Adriane Fernandes), Lésbica (Marina Pontes) e Quarto Camarim (Camele Queiroz e Fabrício Ramos).

Uma realização da produtora Coisa de Cinema e do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura e sua Secretaria do Audiovisual; o Panorama tambéma acontece em Cachoeira começou até o dia 17, com programação gratuita. Em Salvador, os ingressos custam R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia). Dando direito a dez ingressos, os passaportes estão sendo vendidos por R$ 50,00. O festival conta com patrocínio da Ancine, do Fundo Setorial do Audiovisual e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul; além do apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, via Fundo de Cultura.

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Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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