O estudante de Psicologia Alan Bomfim, de 25 anos, viu sua vida se transformar em caos depois que teve suas fotos roubadas e passaram a ser usadas em aplicativos de pegação gay. O pior: imagens do estudante estão circulando pela internet afirmando que ele seria um assaltante que marcava encontros para efetuar os roubos. Em conversa com o Me Salte, Alan explica que tudo começou quando ele perdeu o celular no dia 11 de novembro de 2016.
“Um amigo perguntou se eu tinha perdido o celular, pois tinha uma pessoa de número desconhecido usando imagens falando que eu era gay e tal, e utilizando termos chulos em relação a mim. Nisso meu amigo me mandou a sequência de imagens e verifiquei que eram todas que estavam no álbum de fotos de perfil do meu Facebook. Fiquei incomodado com a situação e pedir esse tal número desconhecido ao meu amigo e entrei em contato para saber quem estava portando minhas fotos e agindo de forma aversiva, só que não foi a melhor posição que tomei e indico que quem passar por algo assim, que não faça isso, pois dei acesso a essa pessoa ter meu número”, relata.
Depois que fez a ligação, Alan conta que passou a ser ameaçado. ” Uma vez que não me rendi as vontades desse contato, que tentei saber quem era via WhatsApp, começou a me ameaçar de morte e uso de termos chulos. Quando bloquei no WhatsApp comecei a receber várias ligações de número privado, onde atendi umas três vezes para ouvir a voz e ver se reconhecia, mas a única coisa que aparentou foi ser um homem de mais de 40 anos, pelo timbre da voz e um discurso empobrecido no que se refere a verbalização, que mantinha ameaças. Por conseguinte não atendi mais, então dias depois recebi uma mensagem de outro número, que também era desconhecido, compartilhando fotos de rosto de um jovem, mas tais fotos aparentemente eram editadas, soando como fake, aí saquei que poderia ser a mesma pessoa, então fingir está dando espaço e a forma de escrita se parecia muito com o contato anterior, por conseguinte bloqueei este número também e posteriormente a pessoa ligou e somente atendi para ouvir a voz e era a mesma do outro contato. Incomodado com isso abrir um Boletim de Ocorrência, utilizando os dois números como acusados, suspeitos, etc. De lá pra cá, fiquei recebendo ligações de números privado e desconhecido, ou seja, possivelmente dois números diferentes. Decidir mudar de número e ao retomar o número antigo para verificar, recebi uma ultima ligação de um número privado no dia 26 de janeiro de 2017″, conta.
Durante esse tempo que ficava recebendo ligações de números privado e desconhecido, fui informado por terceiros do uso de minha imagem, vinculada a fotos de nudez, que ao passar pela minha verificação não eram minhas, e estavam sendo usadas para marcar encontros, ou seja, se passando por mim para marcar encontros.
No dia 9 de fevereiro deste ano Alan recebeu uma mensagem através do Facebook de um rapaz desconhecido, que dizia que estavam sua foto para vincular a informação de que ele seria um assaltante que marcava encontros para efetuar os roubos. “No mesmo dia recebi a informação de meu namorado que um amigo dele recebeu um print de um outro grupo que estava com minha imagem sendo repassada com a mesma informação caluniosa (…) A minha foto está circulando fomentando ódio de pessoas do meio LGBT contra a mim. Também sou do meio e prezo tanto pela segurança de nós LGBTs, tanto que realizei um trabalho acadêmico referente a pessoas trans, especificamente mulher trans”, argumenta Alan.
O transtorno é o incomodo e a insegurança, pois tenho uma vida pautada em preservar minha imagem, que é uma escolha pessoal, assim como as dos meus próximos, e aí alguém ou algumas pessoas, que é isso que gera insegurança, pois não sei quem é ou são, passa ou passam a usar minha imagem e ainda vinculando a informações falsas, podendo gerar ódio de alguma pessoa que ao me ver na rua pode agir chamando policia, que é menos mau, pois irá se averiguar que a informação é falsa, mas alguém pode agir com violência, que é um receio.
Alan faz uma alerta sobre as informações que circulam pelas redes sociais através da internet. “A internet seja ela por via de qual aparelho for é uma terra ampla, mas ao mesmo tempo de ninguém, então quando recebermos informações vinculadas a pessoas de forma simplificada e sem fonte fidedigna, não devemos repassar a outros, pois pode gerar um transtorno imenso a nível físico, assim como emocional. E nós LGBTs já passamos por muitos transtornos e se algo assim é feito contra alguém que é do meio gera mais um transtorno desnecessário, como gerou na minha vida, então atenção e cuidado ao passar a frente essas coisas e atenção a uso de apps com fotos de rosto que não condizem com as do corpo, ou não passa mais foto além a do perfil, isso no que se refere a rosto e/ acompanhado de outras pessoas. O mundo fake também atinge o meio LGBT, então por segurança devemos tomar cuidado com isso, e repito: procurar verificar informações antes de repassar”, destaca.
7 Comentários
Absurdo também já fui vítima o pior de tudo é ter que ir numa delegacia registrar e se deparar com “profissionais” com má vontade de registrar achando que não vai dar em nada mas isso mexe com nossa segurança e nosso psicológico! Temos familia! Imagine sair na rua e ser comparado a um assaltante ou similar.
Colocando a vida de todos nós em risco por conta da irresponsabilidade de muitos, recentemente um amigo meu tem passado por essa infeliz situação, suas fotos estão sendo usadas em aplicativos de relacionamento e whatsapp, ainda assim com fotos de rosto do meu amigo e fotos intimas que não pertencem a ele, fora vídeos e outros mais, situação constrangedora, sair as ruas e talvez ser reconhecido pelo que não fez! Nossa comunidade LGBT precisa de mais alertas e matérias como estas afim de reforçar que isso é um crime, já não basta a homofobia que sofremos, gay perseguindo gay é o fim!
Ops … ”amaeças” conserta esse titulo ai !
Nossa que transtorno pra esse rapaz. A impressa tem um papel importante de divulgar que essa informação é mentira para a população e as pessoas têm o dever de se informar melhor antes de compartilhar informações sobre as pessoas.
Estou sendo vítima dessa desconfortável e revoltante situação que é ter um perfil falso no WhatsApp utilizando minhas fotos de rosto juntamente com conteúdos eróticos (fotos e vídeos) de uma outra pessoa, com o intuito de marcar encontros [ou sabe-se lá o que].
Primeiramente a alguns meses recebi um alerta através de um contato do Facebook que foram postadas várias fotos eroticas, e minhas fotos de rosto incluídas entre elas. De imediato me dirigi à pessoa que postou, a mesma alegou que as fotos foram postadas por engano, pois estavam na galeria do celular, os arquivos teriam sido recebidos através de um grupo gay no WhatsApp, dizendo ele que várias pessoas já tinham visto “minhas” fotos e vídeos.
E na semana passada um outro contato meu, que me conhecia brevemente, me procurou para falar que foi convidado a sair por uma pessoa utilizando meu nome, minhas fotos de rosto e corpo [retiradas de postagens públicas do Facebook] além das fotos e vídeos extremamente pesados, informando que teria local para o sexo.
Tais situações constrangedoras me deixam abismado e indignado … “logo eu” que prezo pela minha imagem, pelos meus atos perante a minha família e sociedade, tendo que passar por este tipo de ação de um indivíduo que não tem amor próprio, e precisa utilizar da imagem de uma outra pessoa pra satisfazer suas vontades e sabe-se lá o que mais.
Fica então o alerta pra ter mais atenção à analisar a veracidade do que é recebido através de grupos, ter cuidado à quem você está teclando, trocando informações e marcando encontros através de aplicativos. Assim como foi a imagem de Alan, foi a minha, pode acontecer com você.
Estou sendo vítima dessa desconfortável e revoltante situação que é ter um perfil falso no WhatsApp utilizando minhas fotos de rosto juntamente com conteúdos eróticos (fotos e vídeos) de uma outra pessoa, com o intuito de marcar encontros [ou sabe-se lá o que].
Primeiramente a alguns meses recebi um alerta através de um contato do Facebook que foram postadas várias fotos eroticas, e minhas fotos de rosto incluídas entre elas. De imediato me dirigi à pessoa que postou, a mesma alegou que as fotos foram postadas por engano, pois estavam na galeria do celular, os arquivos teriam sido recebidos através de um grupo gay no WhatsApp, dizendo ele que várias pessoas já tinham visto “minhas” fotos e vídeos.
E na semana passada um outro contato meu, que me conhecia brevemente, me procurou para falar que foi convidado a sair por uma pessoa utilizando meu nome, minhas fotos de rosto e corpo [retiradas de postagens públicas do Facebook] além das fotos e vídeos extremamente pesados, informando que teria local para o sexo.
Tais situações constrangedoras me deixam abismado e indignado … “logo eu” que prezo pela minha imagem, pelos meus atos perante a minha família e sociedade, tendo que passar por este tipo de ação de um indivíduo que não tem amor próprio, e precisa utilizar da imagem de uma outra pessoa pra satisfazer suas vontades e sabe-se lá o que mais.
Fica então este alerta pra ter mais atenção em analisar a veracidade do que é recebido através de grupos, ter cuidado à quem você está teclando, trocando informações e marcando encontros através de aplicativos. Assim como foi a imagem de Alan, foi a minha, pode acontecer com você.
Amei o site, parabens!!!
Agradecido, Izabella! Que bom que você gostou 🙂