A realidade do país que mais assassina travestis e transexuais é o contexto principal do documentário Sagradas que tem como personagens centrais Erika Hilton e Jacqueline Chanel. Sagradas é um documentário produzido na Academia Internacional de Cinema e será lançado nesta quarta-feira (22) através do Youtube.
O documentário foi filmado em pouco menos de 72 horas. Ele apresenta a história da codeputada da bancada ativista Erika Hilton – e vereadora eleita por São Paulo – e da ativista Jacqueline Chanel, organizadora da caminhada trans de 2020 e do Projeto Séfora’s de Travestis e Transexuais, grupo que busca a inclusão religiosa e social de pessoas trans.
Dirigido pela paulista, Daniela Paixão, pela cearense, Isabella von Haydin, e pelo baiano, Leandro Veneza o curta-metragem tem tem 15 minutos e transita por locais conhecidos no cenário paulistano, como a ALESP, a Avenida Paulista e o “centrão” da cidade.
Erika Hilton, eleita a mulher mais votada nas eleições municipais de 2020 para o cargo de vereadora, se denomina transvestigenere. A vereadora eleita encontrou espaço institucional para lutar pela visibilidade de pessoas trans no primeiro mandato coletivo do país, a Bancada Ativista, que hoje ocupa a Assembleia Legislativa de São Paulo. Na maior metrópole da América Latina, Erika se consagrou como figura importante na militância, e é nesse cenário que ela participa da Caminhada Trans, que colocou centenas de pessoas nas ruas da cidade em janeiro de 2020.
Jacqueline Chanel, organizadora da Caminhada, busca forças na espiritualidade para enfrentar as dificuldades da vida e realizar sua luta por direitos. A única herança que a líder religiosa herdou dos pais foi a fé em Deus. Abandonada pela mãe em razão da sua identidade de gênero e após diversas frustrações no meio cristão, Jacqueline encontrou acolhimento na Igreja da Comunidade Metropolitana de São Paulo, congregação evangélica que realizou a ordenação da primeira reverenda trans do Brasil, a pastora Alexya Salvador.
Confira aqui o link para ver o documentário