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Copa de sangue: grupos prometem caçar, bater e matar gays na Rússia

O mundial de futebol que acontece na Rússia está manchado com o sangue de pessoas LGBTs. Enquanto as seleções disputam a taça de melhor do mundo sobra o medo das leis russas que consideram o amor entre pessoas do mesmo sexo como crime. Grupos radicais prometem caçar, perseguir e matar gags durante o mundial de futebol. Tudo isso respaldados na lei do país que proibe manifestações de afeto entre pessoas do mesmo sexo.
Já no primeiro dia de competição um casal gay de turistas franceses foi violentamente agredido, após pegar um táxi em São Petsburgo.

Além de roubar os celulares e carteiras dos homens, os homens foram espancados de forma violenta. De acordo com o Gay Times, uma das vítimas ficou com uma fratura na mandíbula, um possível dano cerebral e uma lesão craniana. Os russos Ismet Gaidarov e Rasul Magomedov foram presos como suspeitos do crime.

O casal visitava a Rússia por conta dos jogos da Copa do Mundo, que teve início nesta quinta-feira (14).

E não para por aí! Além das forças policiais há uma tensão por conta dos “caçadores de gays” que prometem agir durante a Copa para espancar e agredir pesssoas do mesmo sexo que manifestem qualquer tipo de afeto em público.

Esse grupo já atua no cotidiano russo – um dos países mais LGBTfóbicos do mundo – mas eles prometem aumentar suas ações durante a Copa.

O Governo brasileiro até fez uma cartilha que além de trazer informações úteis para o viajante desfrutar dessa experiência única, o guia pode ajudar o brasileiro a evitar situações indesejadas em um país com tradições culturais diversas do Brasil como, por exemplo, pagar multa e ser deportado por “demonstrações homoafetivas em ambientes públicos”, que pode ser enquadrado como “propaganda de relações sexuais não tradicionais feita a menores”, segundo a legislação local.

É esdrúxulo, imbecil e cruel dizer que a presença de afeto entre pessoas do mesmo sexo pode ‘influenciar negativamente crianças’. O afeto, na verdade, deveria inspirar mais afeto. Esse é o argumento que esse país está recebendo visitantes do mundo inteiro.

Segundo o site Pink News organizações de fãs de futebol LGBT de todo o mundo receberam ameaças anônimas que antecederam a Copa do Mundo, levando os torcedores a temer por sua segurança no país que não respeita a diversidade.

O grupo Pride in Football, por exemplo, recebeu mensagens dizendo que os fãs de futebol que fossem LGBT seriam perseguidos e mortos.

Essas unidades paramilitares são formadas por membros do grupo étnico cossaco.

Ou seja, são pessoas “comuns” que  estão patrulhando alguns dos locais que sediam os jogos, e prometeram “ajudar a polícia a impedir que gays se beijem”, relata Pink News. É isso mesmo que você leu: há uma CAÇADA aos gays no país da copa.

Os crimes anti-LGBT aumentaram na Rússia desde 2013 quando foi proibida qualquer menção positiva à identidade LGBT ou apoio aos direitos de LGBT em locais acessíveis a menores.

A FIFA, entidade governamental global do futebol, foi criticada por realizar a Copa do Mundo deste ano na Rússia, por causa da lei anti-LGBT, do aumento de crimes , da prisão e do e assassinato de gays e bissexuais no terrotório russo.

Apesar da atmosfera homofóbica no país, o comitê organizador da Copa do Mundo da Rússia afirmou aos fãs LGBT que eles e outros estarão seguros nos jogos e que exibições de orgulho, como bandeiras do arco-íris, serão permitidas. Óbvio que não há como garantir isso.

Contudo, o ativista britânico de direitos LGBT Peter Tatchell foi preso na quinta-feira em Moscou por protestar contra a perseguição na Chechênia.

E a situação dos LGBTs amantes do futebol só tende a piorar. Depois da Rússia, em 2022, a Copa do Mundo será realizada em um país – o Catar – onde a homossexualidade é considerada ilegal.

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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