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Conheça a história de Estevão, que teve a virgindade leiloada e virou ator pornô

Por Gabriel Moura*

Com uma calça mais apertada que eu no fim do mês e um colete que deixava a mostra o seu peitoral malhado, o ator pornô e garoto de programa Estevão Oliveira (@exxtevao) recebeu no último final de semana a equipe do Me Salte num quarto da Sauna Olympus, onde faria uma apresentação de sexo ao vivo e, durante uma hora, qualquer um poderia realizar o sonho de transar com ele. O paulista de 22 anos falava com uma calma e serenidade de quem nem de longe parecia que logo logo estaria transando com dezenas de desconhecidos. Durante 10 minutos ele falou sobre a sua vida pessoal, profissional e familiar. De quando teve a virgindade vendida e o momento que teve que encarar um cliente com 26 cm de dote.

Como você começou na vida de garoto de programa e ator pornô?
São duas histórias diferentes. A parte de garoto de programa não foi algo pensado, que eu quis. Foi algo que aconteceu. A minha virgindade foi comprada. A pessoa se dispôs a pagar por ela e eu aceitei o dinheiro. Eu gostei e continuei na vida. Vi que era um dinheiro fácil, que eu precisava e queria. Quanto a vida de ator, não era algo que eu corri atrás, que eu esperava ou queria. Uma produtora me chamou e eu fui.

Que história é essa de terem comprado a sua virgindade?
Eu saí com uns amigos, fomos para a casa de um conhecido deles. Esse cara já tinha essa questão de ficar com alguns garotos e aquela foi a minha vez (risos). Na festa ele me chamou de canto e disse: “cara, se você fizer comigo te dou uma grana” e eu aceitei. Foi na boa, mas não tanto. Era meu primeiro sexo, nem sabia se eu era gay. Foi ali que aconteceu, queria mais o dinheiro.

Ator foi trazido para Salvador em parceria com marca de roupas íntimas Danúbio For Man Foto: Divulgação

Ator foi trazido para Salvador em parceria com marca de roupas íntimas Danúbio For Man Foto: Divulgação

Você foi ativo ou passivo nesta primeira vez?
Passivo

Você já passou por alguma situação embaraçosa, ruim ou constrangedora num set de filmagem de um filme pornô?
Sempre foi muito tranquilo. Todas as vezes fui muito bem tratado.

Você faz performances onde vários homens transam com você e na frente de muita gente. Como se sente em relação a isso?
Cara, eu não digo que é normal, pois não é, para ninguém, nem para quem está neste mundo há muito tempo. Mas é algo que a gente se deixa levar, deixa fluir, sente o momento. Vai lá e faz. Se a gente ficar pensando “é algo anormal, são desconhecidos na frente de várias pessoas”, o clima vai embora. E pensar sempre no prazer.

E você sente prazer?
Muitas das vezes sim.

Como você enxerga o mercado do pornô atualmente?
Quando eu entrei para a produtora, que foi para fazer um solo, o mercado estava quebrado. Todas as produtoras estavam pra baixo. Não pagavam bem, nem para atores que já eram da mídia. Depois de um tempo, quando comecei a fazer as cenas, o mercado foi voltando. Eu não aceitei de imediato quando estava quebrado. E eu não trabalho apenas para a produtora, também para “only fans”, tenho produção própria.  E o pornô não é muito bem quisto ou bem visto no Brasil, é mais consumido pelos gringos. Nas assinaturas do meu “only fans” 95% são de fora do país.

Você já gravou fora do Brasil? Já teve convite?
Não, mas pretendo. Já tive convite, sim. Não é falta de oportunidade de ir, é mais eu entrar na mídia para conseguir oportunidades melhores.

As redes sociais mudaram a forma como você interage com os fãs. Como você lida com esse contato mais direto?
Ali nós somos todos amigos. As pessoas que estão lá não me veem apenas como um objeto que está ali para ser exposto, mas sinto uma relação de amizade. Respondo todo mundo tranquilo, trato todos bem, como se fossem amigos pessoais. Ali faço meus conteúdos como se tivesse um afeto por elas, não me sexualizando apenas como um objeto. Não estou lá para me vender, mas para criar este laço. Aí se elas quiserem algo mais de mim, elas entram em contato.

E como é a relação da sua família com o seu trabalho? Eles sabem?
Todos sabem e brincam a respeito. Minha mãe diz “como que você fez para entrar nessa? Também quero”. E eu digo que não é fácil. Ela me chama de Betina, me acompanha, viu como minha vida cresceu, também no financeiro. Até por isso ela se diverte também.

Quais as diferenças entre o Estevão das redes sociais com o que os familiares e amigos conhecem?
Tem muita diferença. Nas redes me colocam no alto, me elevam ao ponto que não sou. Já com a família é totalmente natural. Já aconteceu de eu estar saindo com minha mãe e alguém me reconhecer e vir conversar comigo. Eu vejo que o povo me eleva muito. Não é a mesma relação. Apesar de haver um afeto entre eu os seguidores, é uma relação diferente.

Em sua carreira qual o pênis de maior tamanho que você já transou’?
Cara, isso é algo complicado (risos). Mas acho que com um amigo gringo do “only fans”, que tinha entre 26 e 27cm

E doeu?
Não vou mentir (risos). Doeu sim.

E como você gosta? Grande, pequeno, médio…
Eu gosto de menor. De um tamanho que encaixa. Quanto maior, mais desconfortável fica.

E você tem sonho de contracenar com algum ator famoso? Com Edu Picasso, por exemplo?
Isso é algo bem pessoal. Mas tenho vontade de gravar com algumas pessoas da mídia. Já estou até organizando para fazer uma produção própria com eles, mas não posso dar mais detalhes.

E quanto você ganha mais ou menos por cena gravada?
Isso não posso falar. É algo que depende muito. Não falo em valores. Prefiro não comentar. Agora que me tornei exclusivo da Hot Boys, tudo melhorou para mim. Em valores, em imagem… Mas isso é algo pessoal.

E você planeja buscar outra profissão futuramente?
Sim, planejo estudar, fazer faculdade. Mas atualmente está bem difícil, com toda essa rotina de viagens e trabalho.

 

*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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