No próximo domingo (2) acontece, em todo Brasil, eleições para os cargos de vereadora (or) e prefeita (o). Levantamento realizado pela geógrafa e travesti Sayonara Nogueira, secretária da Rede Trans, com apoio da militância, mostra que há um fenômeno nessas eleições: um crescimento das candidaturas de pessoas transexuais e travestis. O levantamento identificou que, no pleito deste ano, há 87 candidaturas de travestis e transexuais.
O número é bem maior do que o que foi encontrado nas eleições de 2012 pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Transexuais e Travestis) que, na ocasião, listou 31 travestis e trans concorrendo no país, menos da metade das registradas neste ano.
Nas eleições desse ano, das 87 candidaturas, 85 são para a função de vereadora (or). Duas candidaturas são para o cargo de prefeita. Ambas fazem história sendo as primeiras candidatas nas suas cidades a concorrerem para um cargo majoritário: a baiana Samara Braga, 33 – foto de destaque dessa matéria - e a paulista Thífany Félix, 46, que concorrem, respectivamente, à s prefeituras de Alagoinhas (108 km de Salvador) e Caraguatatuba (178 km de São Paulo). Ambas são do PSol, partido que lidera o número de candidaturas com 16.
Quando a análise é feita por partido,  a pesquisa identificou que pelo menos 24 partidos têm pelo menos uma candidatura trans.  Sete partidos concentram 68 % das candidaturas trans no Brasil (16 Psol, 10 PSB, 7 PT, 4 PV, 4 PTB , 4 PMDB e 4 PMD).
Em outro levantamento, feito pela Folha de S. Paulo e ABGLT, o estado de São Paulo concentra a maior parte das candidaturas transexuais e de travestis na eleição com 24 pessoas. A Bahia, por sua vez, ocupa o segundo lugar com oito candidaturas. Só em Salvador, para o cargo de vereadora, há três candidatas que são travestis ou transexuais: Léo Kret (DEM), que tenta a releição; Dion (Solidariedade), Paulett Furacão (PSB). Em terceiro, Minas Gerais, com seis candidatas.
Confira abaixo reportagem feita pelo portal GR sobre o tema: