O mundo vive um momento único por conta da pandemia do novo coronavírus e diante disso, artistas precisam encontrar formas de se reinventar. E nesse momento de isolamento e confinamento que atinge grande parte da população indistintamente, falar sobre liberdade e afeto é imprescindível.
Foi o que motivou o ator Vinicius Bustani e a diretora Paula Lice a experimentarem encenar a peça Criança ferida ou de como me disseram que eu era gay da sala da casa dele diretamente para a das pessoas que estão confinadas. Completamente repensado para se adaptar ao formato audiovisual, o espetáculo solo vai ganhar vida pelas telas do computador e celular neste domingo, 24, às 18h. “O caráter meio artesanal acabou dando um toque ainda mais íntimo e biográfico à peça, já que vamos fazer na minha sala, minha casa, com meus objetos pessoais e a equipe são as pessoas que moram comigo”, diz Vinicius
O projeto denominado Alive! Em casa será transmitido ao vivo pelo Facebook da peça (facebook.com/criancaferida) e ficará disponível até 23h59 de domingo. “Estamos experimentando esse novo formato e queremos sentir a recepção do público”, comenta o ator, que pretende reapresentar o espetáculo como uma mini temporada de lives. A ideia do Alive! Em casa é levar o Teatro para a casa das pessoas, criando possibilidades de arte e entretenimento mesmo em tempos como os atuais em que não é possível “aglomerar”, fazendo valer a máxima “o artista vai aonde o povo está”.
O espetáculo
Primeiro solo da carreira de Vinicius Bustani, Criança ferida ou de como me disseram que eu era gay mistura relatos biográficos e cenas de ficção para mostrar dificuldades que viveu como pessoa LGBT, desde a infância quando ainda nem sabia o que era, mas já era apontada por outras pessoas, passando pela adolescência e chegando na idade adulta.
O espetáculo já foi visto por mais de quatro mil pessoas e foi apresentado mais de 60 vezes em cinco temporadas, circulando por teatros de Salvador, além de apresentações na Faculdade Baiana de Medicina e Saúde Pública e circulação em espaços culturais da cidade pelo edital Arte Todo Dia em 2018.
Serviço:
Alive! Em casa – Criança ferida ou de como me disseram que eu era gay
Quando: Domingo, 24, às 18h
Onde: Na sala de casa, via Facebook (facebook.com/criancaferida)