O professor da rede estadual de ensino público, Carlos Alexsandro Silva França, de 48 anos, foi assassinado na madrugada da quinta-feira (21) em sua residência, no bairro dos Barris, em Salvador.
De acordo com a Polícia Militar, a equipe do 18ª Batalhão da PM foi acionada com a informação de uma briga entre dois homens. Ao chegarem no local, os policiais encontraram Carlos apresentando ferimentos causados por golpe de faca, e o autor do crime com uma peixeira em mãos.
O assassino esboçou reação contra os policiais e precisou ser contido, diz a PM. Um disparo foi dado e ele foi baleado no ombro. O acusado e a vítima foram socorridos ao Hospital Geral do Estado. O primeiro, após receber alta médica, foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde terminou preso em flagrante.
Carlos França não resistiu aos ferimentos e foi sepultado na manhã desta sexta-feira (22), no município de Amélia Rodrigues, sua cidade natal.
Tanto a Secretaria da Educação do Estado (SEC) quanto a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS) lamentaram a morte do professor, ressaltando as contribuições do educador e a possibilidade do crime ter sido cometido por LGBTfobia.
“O Brasil está no ranking dos países que mais matam LGBTs no mundo. Uma realidade que causa muita preocupação e urgentemente precisa ser transformada. É preciso respeitar a diversidade, respeitar as pessoas e a vida. A SJDHDS repudia veementemente essa violência brutal e reafirma o seu compromisso em defesa de todas as pessoas da comunidade LGBTQIA+”, diz a nota da secretaria.