Vídeo de Bolsonaro contra Jean Wyllys é montagem, diz perícia
8 de dezembro de 2016
Conheça as concorrentes do concurso Estranha Marujo 2017
8 de dezembro de 2016

Polícia prende mulher e apreende adolescente envolvidos na morte de professores homossexuais na Bahia

Seis meses após os professores da rede estadual de ensino da Bahia, Edivaldo Silva de Oliveira, o Nino, e Jeovan Bandeira, serem assassinados na cidade de Santa Luz, a 260 quilômetros de Salvador, nesta quinta-feira (08) a Polícia Militar da cidade conseguiu prender uma mulher e apreender um adolescente que são suspeitos de cometer o crime. Os professores, que eram homossexuais e amigos, eram muito queridos na cidade e houve dezenas de manifestações de carinho e pedidos de Justiça pela morte deles.

Professores foram carbonizados pelos bandidos

Professores foram carbonizados pelos bandidos

Segundo a PM, Gleice da Costa Anjos, de 19 anos, e um adolescente de 17 anos participaram da morte dos professores e confessaram o crime. A dupla, segundo informações do portal Notícias de Santa Luz, apontou Alan Militão Pires, morto na última terça-feira (6) após deixar a delegacia da cidade de Valente onde estava preso por tráfico de drogas, como mentor do crime após uma tentativa de sequestro frustrada.

Foto: Reprodução/ Santa Luz Noticias

Foto: Reprodução/ Santa Luz Noticias

Segundo informações da PM, Gleice disse que participou do crime que teria começado com o sequestro dos professores, mas o grupo resolveu matá-los depois que se envolveram num acidente de trânsito. Os professores estavam no porta-malas do carro quando aconteceu o acidente e depois foram queimados.

A dupla foi encaminhada para a delegacia da cidade onde prestaram depoimento na tarde de hoje, mas tiveram que ser transferidos para outra cidade. Segundo moradores de Santa Luz, a população tentou invadir a delegacia e a dupla foi levada pelo delegado João Farias, que comanda as investigações, para outra unidade policial para serem colhidos os depoimentos. O corpo de Jeovan Bandeira ainda está no Instituto Médico Legal sendo periciado e, mesmo depois de seis meses do crime, ainda não há prazo para liberação para sepultamento.  O corpo do professor Edivaldo foi reconhecido pela arcada dentária na época do crime e já foi sepultado.

O delegado João Farias, que apura o caso, disse à   BBC Brasil, à   época do crime, que a homofobia é uma das possíveis motivações das mortes. A casa de Edivaldo foi encontrada revirada após o crime, mas objetos de valor, como computador, não foram levados.Eles eram muito amigos e muito queridos na cidade. Também não teriam inimigos. Já ouvimos várias pessoas e por enquanto não descartamos nenhuma hipótese, disse o delegado. O Me Salte tenta contato com o delegado desde o início da manhã, mas até o momento da publicação ele não atendeu nossas ligações em função das buscas.

Leia mais notícias sobre o universo LGBT acessando www.correio24horas.com.br/mesalte

 

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

1 Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *