A modelo transexual Viviany Beleboni, de 27 anos, que nas duas últimas edições da parada LGBT de São Paulo usou representações religiosas para protestar contra a LGBTfobia, denunciou ontem que foi espancada por cinco homens no Centro de São Paulo.
Em vídeo enviado ao portal de notícias Uol, ela aparece com o rosto desfigurado depois das agressões que, segundo ela relata, aconteceram quando ela saiu de casa para ir ao supermercado. “A todo momento falavam que eu era um demônio, que essa raça tinha que morrer. Recitavam passagens da Bíblia ou que diziam alguma coisa relacionada à Bíblia. Falavam em Romanos e coisas como ‘não te deitarás com um homem, como se fosse mulher’ e muitas palavras que não entendia, como se fosse em outro idioma. Eles diziam também ‘traveco vira homem’, ‘praga da humanidade’. Ofensas e Chutes. Quero esquecer”, afirmou a modelo, em mensagem enviada ao UOL, por meio de sua assessoria de imprensa.
No seu facebook, a modelo pediu orações e disse que irá sair de São Paulo “por um tempo”: “Preciso viver sem ter sempre essa sombra de violência me seguindo a cada passo que dou.” Essa não foi a primeira vez que Viviany foi agredida. Em agosto de 2015, a modelo transexual foi  ferida no rosto e nas mãos por um agressor, quando também andava perto de sua casa.