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Empresas abrem espaço para contratação e respeito de LGBTs

Comercialmente, muitas empresas estão abrindo seus olhos para os LGBTs, através de campanhas de propaganda. Mas, há outras corporações que estão fazendo o mesmo internamente na atenção aos seus funcionárixs. Na Monsanto, multinacional que atua nos ramos de agricultura e biotecnologia, a causa compõe um dos pilares da estratégia de Inclusão & Diversidade, e leva o nome de Aliança LGBTA (A de Aliados). A Missão da Aliança é Promover igualdade de oportunidades as pessoas LGBT na Monsanto, conscientizando a organização a respeito da importância de um ambiente diverso, respeitoso e saudável, através de canais de suporte e ações de desenvolvimento, que agreguem valor ao negócio, aos colaboradores e a sociedade.

Recentemente, a Aliança comemorou um ano de atuação pela inclusão de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros no ambiente de trabalho. Um exemplo na fábrica da empresa em Camaçari é Darlan Augusto Wimmersberger, Analista de Comunicação e Sustentabilidade.  O fato da Monsanto tratar desse tema de maneira tão sensata no ambiente organizacional me faz sentir incluso. Atualmente, consigo me conectar com outros funcionários que também lutam pelos mesmos direitos que eu, criando sinergia e identificação.

Outra empresa que está nesse foco é a Faculdade Baiana de Direito (FBD), que recentemente abriu vagas para contratação prioritária de pessoas trans e pretende adotar o uso do nome social na instituição. “Todos sabemos que a sociedade brasileira reflete um histórico social machista e patriarcalista que, nos dias de hoje, impacta na exclusão social e econômica de minorias. A Faculdade Baiana de Direito entende não ser uma incumbência exclusiva do poder público a reação e correção do processo de discriminação racial, social, étnica, de gênero, dentre outras espécies de preconceito. Trata-se um dever de todos, e, portanto, uma responsabilidade social que se projeta para o segmento privado, e estamos atentos a isso”, explica Tiago Cesar , diretor da FBD.

O diretor da FBD destaca que a discriminação de gênero é matéria que vem sendo amplamente debatida na Faculdade, e a adoção do nome social é apenas um dos reflexos dessa tomada de consciência. “Foi por essa razão que a Faculdade Baiana vem se voltando a buscar desenvolver políticas afirmativas nesse campo. A adoção de políticas afirmativas é uma obrigação social do Estado, e um dever humanístico de todos e todas, não podendo a nossa Faculdade de Direito se limitar ao ensino dogmático dessas questões; precisamos, acima disso, exercê-las, colocá-las em prática”, explica.

A vice-presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Margot Azevedo, indica que as empresas têm buscado trazer boas relações de gênero e diversidade no ambiente de trabalho. O principal ponto abordado é a necessidade de desmistificar a identidade de gênero no âmbito profissional, e cada vez mais as corporações tem trazido esse tema para o cotidiano, seja durante os treinamentos periódicos aos quais os colaboradores são submetidos, ou em iniciativas práticas, como eliminar o artigo definidor em comunicados internos. Ao substituir as letras O e A pelo X, a palavra todos ou todas, por exemplo, é grafada todxs, no sentido de abarcar as diferentes representações de gênero, explica Margot.

 

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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