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Casal homoafetivo formado por duas mulheres pode gerar um filho

Um método que já vem sendo utilizado – com mais constância nos últimos anos – permite que duas mulheres concebam filhos. O método ROPA faz referência às iniciais do nome do procedimento, em inglês. “Reception of Oocytes from Partner”. Traduzido para o português, a expressão significa algo como “Recepção de óvulos da Parceira” ou, de forma simplificada, “Maternidade Compartilhada”.

Na Bahia, O IVI Salvador, por exemplo,  já realizou o método ROPA nesses últimos dois anos, em 27 casais. É através da adoção dessa técnica, que as duas parceiras se tornam mães conjuntamente durante a obtenção da gravidez.

O Método ROPA basicamente consiste em um tratamento que usa a mesma base da fertilização in vitro (FIV). A diferença é que uma das mulheres vai fornecer os óvulos, enquanto a outra gestará o bebê.
Após a coleta dos óvulos da primeira mulher (considerada a mãe genética), eles são fertilizados – usando a mesma sequência de uma FIV tradicional; nesse caso utilizando de um banco de sêmen.

Depois de fertilizados, os melhores embriões são transferidos para a segunda parceira, que dará prosseguimento à gestação, até o momento tão aguardado, do parto.

Para que o tratamento funcione de forma efetiva, é preciso que tudo seja sincronizado. As menstruações das duas pacientes, tanto a que doará os óvulos, como a da que receberá os embriões, precisam ser no mesmo período. Normalmente para que isso aconteça de forma programada, se recorre ao uso de medicamentos que equilibram esses períodos.
Desse modo, as duas mulheres parceiras vão participar do processo de gravidez que trará o tão sonhado filho para a nova família.

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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