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Primeira jornalista trans da TV baiana pede ajuda para voltar a trabalhar: ‘preciso de emprego’

Alana Rocha é uma vencedora (sem ser piegas nem clichê com esse termo). Foi a primeira mulher trans jornalista da Bahia a fazer reportagens na TV aberta do estado, em 2017. Agora, com o fim do contrato que tinha com a TV Aratu, Alana está em busca de emprego. Através das redes sociais, Alana tem feito apelos emocionados por uma nova oportunidade de um emprego formal na área jornalística.

A vocação de Alana com a comunicação começou cedo na cidade de Riachão do Jacuípe, no interior da Bahia. “Desde criança sempre fui apaixonada pela comunicação, todas minhas brincadeiras envolviam jornalismo. A grande maioria de meus amigos de infância entravam na onda, quando vi que era mesmo o jornalismo que eu queria como profissão decidi entrar para o rádio na minha cidade natal Riachão do Jacuípe, comecei na rádio comunitária Gazeta FM e tive passagens pela rádio Jacuípe AM também”, relembrou Alana, em entrevista ao Me Salte.

Em 2009, ainda em Riachão do Jacuípe, Alana criou ou blog Hora da Verdade, inspirado no extinto programa de Márcia Goldschmidt. “Meu sonho de estar na televisão era tão grande que resolvi cursar jornalismo em 2012. Deixei minha mãe sozinha e partir para Itabuna, onde cursei o primeiro semestre. Lá, eu tive a minha primeira experiência com a TV, entrei como produtora na TV Itabuna (TVi). Mas a saudade de minha mãe era muita, então resolvi voltar, consegui uma oportunidade de trabalho como assessora de comunicação da prefeitura de Riachão e transferi a faculdade para Feira de Santana, onde me formei em 2015”, relembra.

Em abril de 2017, Alana conseguiu uma oportunidade na TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, para tirar férias do jornalista Murilo Vilas Boas. “Era um sonho. Eu achava que começaria como produtora, auxiliar de produção ou redação e aos poucos iria galgando degraus, fiquei contente demais era a chance de minha vida. Entrei como temporária e acabei sendo efetivada em agosto de 2017. Parecia que eu estava em um conto de fadas, uma transexual, no jornalismo, até então só se via falar de repórteres trans em entretenimento, mas nunca no jornalismo, ainda mais no jornalismo policial, que era a pegada do programa que eu fui escalada. Eu fui a primeira no Brasil”, destaca Alana.

O conto de fadas teve, contudo, um momento de turbulência.  “Por um descuido meu acabei tenho minha imagem atrelada a uma propaganda política. Eu diz um storie no meu instagram cantando o jingle de um candidato ao governo, e não era nem pelo candidato, cantei mais por ser fã da cantora que interpretava a música. Alguém da assessoria que não me recordo agora entrou em contato comigo e perguntou se poderia usar o vídeo, eu achei que seria só nas redes sociais e então autorizei. Ele acabou passando na tv no horário eleitoral, e daí fui demitida”, explica Alana.

Quatro meses após a demissão, Alana luta para se recolocar no mercado de trabalho. “Hoje tem sido muito difícil sobreviver. Tenho mandando muitos currículos para tudo que vejo até fora da área de comunicação. Já se vão 4 meses desempregada, só não estou passando fome ainda por causa de minha mãe, que tem me mandando dinheiro para pequenas despesas e tem pago meu aluguel, mas as contas estão atrasadas, condomínio, alguns boletos, e realmente quanto mais o tempo passa o desespero aumenta”, conta Alana que tem contato com a ajuda de influencers para conseguir visibilizar sua busca mas até o momento não conseguiu nenhuma oportunidade.

Quer ajudar Alana? Entre em contato com ela pelas redes sociais

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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