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Espetáculo que discute LGBTfobia, Criança viada ou de como me disseram que eu era gay volta em cartaz no Teatro Gamboa Nova

Entrando em sua terceira temporada e celebrando o mês da diversidade, o espetáculo ‘Criança viada ou de como me disseram que eu era gay’ volta em cartaz na programação do ‘Setembro é Gayboa’, no Teatro Gamboa Nova. Serão oito apresentações, sempre às sextas-feiras e sábados, às 19h, com entradas custando R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Os ingressos já podem ser adquiridos no www.sympla.com.br/criancaviada ou na bilheteria do teatro, nos dias das apresentações. O espetáculo tem classificação indicativa livre a partir dos 14 anos.

“Estou muito feliz de fazer essa temporada no mês de setembro, que é quando, em Salvador, a gente comemora a diversidade, ainda mais voltando ao teatro onde estreamos e dentro de uma programação que tem essa temática”, afirma Vinicius Bustani, ator do espetáculo que é o primeiro solo de sua carreira.

A peça une relatos autobiográficos e cenas de ficção e foi escrita pelo próprio Vinicius. O ator usa sua história com humor e sarcasmo como ponto de partida para mostrar as dificuldades que viveu como pessoa LGBT, desde a infância quando ainda nem sabia o que era, mas já era apontado por outras pessoas, passando pela adolescência e chegando na idade adulta. “A gente precisa falar sobre isso e fazer uma revisão de nossos hábitos para não continuar criando gerações de crianças solitárias, confusas, com sensação de isolamento e falta de lugar no mundo”, reflete.

A motivação para montar o espetáculo surgiu logo após o ator contar aos pais, familiares e amigos sobre sua sexualidade. “Depois de conversar com eles, disse para ficarem à vontade para perguntar o que quisessem”, lembra. Foram questões, muitas vezes tão distantes da realidade, que ele viu nelas combustível para a peça. “Resolvi fazer um espetáculo em que eu pudesse mostrar com minha história que ser gay é mais natural e simples do que parece”, pontua.

Para trazer isso tudo ao palco Vinicius contou com a ajuda da diretora e dramaturga Paula Lice. “Quando ele me mostrou todo o material que tinha coletado, achei que poderíamos ir pelo caminho do biodrama e do teatro documental”, conta. “Acredito que para falar sobre um tema tão complexo como sexualidade é fundamental arriscar um mergulho em sua própria experiência nua e crua. Enfrentar esse tema através das estratégias do biodrama é estreitar laços entre o público e a cena”, finaliza.

Paula também comemora a carreira que ‘Criança viada ou de como me disseram que eu era gay’ está fazendo. “Estou muito feliz de ver que a peça está fazendo sucesso e reverberando”, afirma. Vinicius também celebra. “A gente percebe que existe um público grande para o espetáculo e que grande parte das pessoas que já assistiram se tornaram multiplicadores”, comenta. “O boca a boca tem sido algo potente para nossa peça”, complementa.

Arte e educação

Um dos diferenciais de ‘Criança viada ou de como me disseram que eu era gay’ é seu formato “portátil”. “Criamos um espetáculo com uma estrutura mais simples para que fosse possível levá-lo a espaços não convencionais ampliando o alcance de público”, explica Vinicius. Entre os desejos da dupla está a vontade de levar a discussão sobre a LGBTfobia nas diferentes fases da vida para os mais diversos espaços de educação como universidades, escolas e centros de pesquisa, por exemplo.

Uma das primeiras oportunidades acontece ao longo das duas últimas semanas de agosto, quando ‘Criança viada ou de como me disseram que eu era gay’ está sendo apresentada a diversas turmas de estudantes e colaboradores da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), nos dois campi da instituição no Cabula e em Brotas. “Estamos muito felizes, sabíamos o que ia surgir desse encontro, humanizar, personalizar, singularizar, dar corpo, alma e coração às pessoas que vivem suas angústias, às que não vivem e aquelas que angustiam outros. Para nós é um presente, só temos a agradecer”, comenta Luiza Ribeiro, pedagoga e Coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas da EBMSP.

Para mais informações siga ‘Criança viada ou de como me disseram que eu era gay’ no Instagram (@crianca_viada) e no Facebook (facebook.com/criancaviadaou).

Serviço:
Criança viada ou de como me disseram que eu era gay no Setembro é Gayboa

Quando: 07, 08, 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de setembro (sextas e sábados) às 19h

Onde: Teatro Gamboa Nova (R. Gamboa de Cima, 3 – Largo dos Aflitos)

Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Classificação indicativa: 14 anos

Jorge Gauthier
Jorge Gauthier
Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação! mesalte@redebahahia.com.br

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