Quando você pensa que já viu de tudo nesse mundo vem a realidade e samba na sua cara! Literalmente!!!! No ano passado, houve um aumento de 55% nos procedimentos estéticos no rosto com o objetivo de “sair bem nas selfies”. Os dados são de uma pesquisa divulgada recentemente pela Academia Americana de Cirurgia Plástica Facial e Reconstrutiva dos Estados Unidos – The American Academy of Facial Plastic and Reconstructive Surgery (AAFPRS), onde o procedimento mais procurado é a aplicação da toxina botulínica e, em seguida, a rinoplastia.
A toxina botulínica, popularmente conhecida como “Botox” (uma das marcas existente no mercado) é utilizado para paralisar parcialmente os músculos do rosto e diminuir a percepção das rugas. Já a rinoplastia consiste na correção estética e funcional do nariz.
Para o cirurgião plástico José Amandio, coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Santa Isabel e especialista em cirurgia crânio-facial, esta motivação não é a ideal. “As lentes e aproximação das imagens produzidas no self distorcem e, muitas vezes, representam uma visão alterada de nós, gerando uma imagem imprecisa da realidade ou de como os outros nos veem”, explica.
Tanto a rinoplastia quanto o uso de toxina botulínica são decisões que devem ser tomadas com acompanhamento médico. Dr. José Amandio recomenda que se observe diversos aspectos antes de decidir realizar qualquer procedimento. Como quase tudo na vida, existem prós e contras. Segundo o médico, a toxina age paralisando parcialmente os músculos responsáveis pelas rugas (ritides) faciais, melhorando por um período de quatro a seis meses as marcas de expressão no rosto.
“Age suavizando as rugas dinâmicas sem, no entanto, desaparecer completamente com as ritides estáticas em muitos casos. Nessas circunstâncias, procedimentos complementares serão necessários ou uso da toxina poderá ser insuficiente diante da expectativa”, revela.
Já a rinoplastia corrige o formato do nariz quando necessário, mas antes de tudo deve ser avaliada a parte funcional. Devemos, sempre que possível, melhorar a forma, mas nunca em detrimento da função. De acordo com Dr. José Amandio, a cirurgia dura de uma a três horas, dependendo do caso, e o resultado é permanente.