Se você gosta de contos eróticos, já deve ter ao menos ouvido falar do podcast da marca Pantynova. Disponíveis em variadas plataformas digitais, como Spotify, Apple Podcasts, Android Play Music e SoundCloud, e publicadas no próprio portal do sex shop, as histórias contadas pela apresentadora Beth já conquistaram milhares de mulheres por todo país.
Desde que o podcast foi lançado, em 2018, já são mais de 400 mil reproduções. Semanalmente, cerca de 2,5 mil ouvintes acompanham o programa. A personagem fictícia Beth, que lê as histórias dos contos, chama atenção pelas gírias próprias e modo de falar peculiar. Ela foi tão bem recebida na internet que virou a ‘cara’ da marca nas redes sociais.
“A Beth é fruto da minha imaginação. Ela foi tão bem recebida pelo nosso público que acabou virando a mascote da marca. Eu sou amiga próxima da Iza (sócia da Pantynova). Fizemos faculdade de moda juntas e, desde que a marca começou, estou ajudando com algo, seja fotografando os produtos, dando assistência de marketing ou programando postagens no Instagram. O que antes era só uma colaboração, virou meu trabalho por tempo integral e eu amo fazer parte dessa marca LGBTQI++”, conta a paulistana, que hoje mora na Irlanda, e não quis revelar seu nome por nada:
“Beth é sigilosissimah, sua identidade é segredo de estado. Há rumores de que ela só sai de casa após a meia noite em noites de lua cheia, porém jamais revelando o seu rosto. As pessoas só a reconhecem pela sua voz quando pede seu tradicional lanche em fast food locais (-E ai gatcheenha, eu quero o de sempre)”.
Criada por duas mulheres lésbicas, Iza e a Lola, tendo colaboração de um gay e da responsável pela Beth, uma mulher trans, a Pantynova tem como diferencial o fato de fugir dos estereótipos heteronormativos – o sex shop virtual é totalmente focado nas mulheres e passa longe de ter uma comunicação hiperssexualizada. Para além dos produtos, a marca aposta em conteúdos informativos e divertidos, como textos, artigos e podcasts, para atrair clientes.
“Me orgulho de estarmos batendo de frente com um mercado erótico que sempre foi careta e preconceituoso. Quando a Iza e a Lola decidiram criar plataformas de interação, eu escrevi alguns contos eróticos para mulher e li para elas. Foi nessas leituras que nasceu a ideia de se ter uma leitora de contos, e então recebi o convite, que aceitei com muita honra e carinho”, conta a Beth.
Diferente do podcast Hersecret, da própria marca, onde as empresárias interagem diretamente com as ouvintes, Beth lidar com o imaginário das mulheres. “Por isso acreditei ser melhor não ter uma aparência definida. Assim, nossas ouvintes podem imaginar o que eles quiserem. Esse mistério deixa nosso público intrigado. Sempre recebemos mensagens querendo saber “QUEM É A BETH?” e/ou usando seus bordões “-E AI GATCHEENHA” ou “RELAXA QUE LA VEM A PUTARIA” e “E EU … A-D-O-R-O”, exemplifica.
Em um bate-papo com o Me Salte, portal da diversidade do CORREIO, a podcaster Beth, responsável pelo marketing digital da Pantynova, falou um pouco mais sobre os contos eróticos, a alta movimentação do mercado erótico na quarentena e revelou quais brinquedos sexuais são os mais vendidos desta quarentena. Ouça:
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