Conhecido por interpretar uma das drag queens mais conhecidas do país, o ator transformista Dackson Mikael de Sousa Rodrigues, de 24 anos, concilia as performances nos palcos com a personagem Chandelly Kidman com um projeto social – o ‘Chandelly Kids’- em no Hospital São Marcos, em Teresina, no Piauí.

Um dia no mês, Chandelly anima crianças que fazem tratamento de câncer no local. “É um projeto de realização pessoal, que alimenta o meu ser e me faz mais humano. Particularmente, dos projetos que eu estou ligado, é o que mais gosto porque é um projeto social, diferente de qualquer outro projeto artístico já visto. E não está nem um pouco ligado à   arte de ser drag queen, que trabalha na noite, em festas e baladas”, disse em entrevista ao portal G1. Desde que o projeto foi iniciado, há dez meses, já foram 10 apresentações.

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Crianças, pais e profissionais de saúde participam de festa em hospital (Foto: Mikael de Sousa/Arquivo Pessoal)

Para as apresentações, Chandelly “ que, em 2014, conquistou o título de melhor drag do país pelo concurso Brasilian Drag – monta uma grande festa para as crianças, com direito a decoração temática e convidados especiais. Pais, mães e profissionais de saúde que acompanham os pequenos no tratamento, se reúnem e participam da confraternização onde todos cantam e dançam.

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Mikael dá vida a drag queen Chandelly há quatro anos (Foto: Mikael de Sousa/Arquivo Pessoal)

“Esse projeto significa muito tanto para mim quanto para as crianças porque isso acaba sendo uma extensão do tratamento que elas fazem no hospital. Era um desejo pessoal e eu não tinha noção do quanto era importante. Estou fazendo parte da vida dessas crianças e de alguma forma ajudo no tratamento. Com o projeto, eu reflito mais sobre o mundo por conta do poder dessa sutiliza”, contou ao portal. Ela acrescentou que sua proposta é levar um ar mais festivo ao ambiente de hospital.

“Tem também toda uma questão da quebra de paradigmas. Porque no imaginário das pessoas, o lugar de uma drag queen é na noite. A gente vive em um momento de caos em relação ao preconceito. E acho que quando eu levo uma drag para este ambiente, causa um questionamento político sobre LGBT, sobre gêneros. É preciso refletir”, completou.

No hospital ou nos palcos, a drag é pura fechação. Confira, abaixo, trecho de apresentação dela.

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