“Eu queria fazer um documentário sobre meninos adolescente gays do Rio Grande do Sul”. A intenção do documentarista Ismael Caneppele foi modificada quando ele encontrou Emelyn (Emelyn Fischer), uma menina do interior do Rio Grande do Sul em fase de transição de gênero. O filme Música para quando as luzes se apagam, que discute as questões de gênero, será exibido em Salvador no XIII Panorama Internacional Coisa de Cinema. O filme será exibido no domingo (12) dentro da mostra competitiva nacional a partir das 17h (clique aqui e confira a programação completa da mostra).
Assista o trailer do filme:
No filme, uma autora (vivida por Júlia Lemmertz) chega em uma pequena vila no sul do Brasil, com a intenção de transformar a vida de Emelyn em uma narrativa ficcional. Quanto mais a autora provoca Emelyn com suas câmeras, mais Emelyn se torna Bernardo, um adolescente dividido entre viver seu desejo e continuar desejando. O Me Salte conversou com Ismael, por telefone. Aperta o play nas respostas e saiba mais sobre o filme.
- As expressões artísticas estão cada vez mais sendo colocadas sob olhares de censura. O que você acha que seu trabalho pode colaborar para combater essa realidade crescente?
2. De onde surgiu a inspiração para a construção de “Música para quando as luzes se apagam”?
3. A transexualidade virou um tema de ampla atenção e foi até colocado como ‘modinha’ por alguns críticos. Como seu trabalho colabora para o melhor entendimento dessa realidade dessa população?
4. Pessoas trans têm tido, apesar da exposição na mídia, histórica dificuldade em incursão no mercado de trabalho, por exemplo. Até que ponto narrativas com a sua podem colaborar com esse público?
5. Como o cinema pode interagir com as questões de gênero e sexualidade?
6.Quais outros trabalhos você já realizou? Qual sua relação com o cinema?
