No intuito de mostrar a diversidade identitária da sociedade, a diretora de teatro e audiovisual Susan Kalik, paulista residente em Salvador há 20 anos, realizou o documentário “Cores e Flores para Tita” que três exibições nos próximos dias em Salvador. A primeira exibição de Cores e Flores para Tita será nesta quinta (18) na noite de abertura da Mostra 10 anos do CUS – Grupo de Pesquisa Cultural e Sexualidade (UFBA), às 18h30, no Teatro do Goethe-Institut (Corredor da Vitória). O doc fala especialmente de um homem trans, do jovem Renato Tita, suicidado pela sociedade” aos 15 anos de idade na década de 70. Traz ainda depoimentos de outras pessoas trans que também sofreram com a violência, preconceito e transfobia.
“É um filme que lida principalmente com a perda. Com a perda da vida dessas pessoas, seja porque a vida lhe foi tomada, ou porque a sociedade lhes impede de viver em plenitude. O filme pede por mais amor e compreensão”, descreve Susan Kalik.
O desejo da diretora é que o filme leve visibilidade para as pessoas trans, ´”para que se tenha consciência dos seus desafios diários por cidadania, lutando cotidianamente por pertencimento social, por saúde, para permanecerem vivas, serem amadas, respeitadas e felizes como todes, todas e todos merecemos e devemos ser”.
Na sexta (19), Cores e Flores para Tita será exibido na Casa Preta, localizada no bairro Dois de Julho, às 19h, na programação LGBT da ocupação artística Enxurrada na Aldeia, do Aldeia Coletivo Cênico. No espaço as pessoas poderão visitar a exposição fotográfica homônima da foto-ativista Andrea Magnoni, grande inspiração para o documentário.
Em junho, no dia 02, o documentário será exibido na Mostra Sesc de Cinema, na Sala Walter da Silveira, nos Barris, às 18h. “Essa exibição faz parte de uma etapa estadual da mostra de filmes nacional, que selecionou 02 longas baianos: Cores e Flores para Tita e o Tropycaus, de Daniel Lisboa. Nesta etapa, os longas concorrem a uma vaga na Mostra Nacional e será exibido nas 26 capitais brasileiras”, explica Kalik.