Reconhecido como um dos maiores percussionistas do Brasil, o baiano Cara de Cobra tem um currículo invejavel. Ele tocou com grandes nomes a exemplo de Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Timbalada, Ivete Sangalo, Marisa Monte, a atual Ministra da Cultura Margareth Menezes, Luan Santana, Jorge e Matheus, Alok, Daniel e Fábio Júnior.
A percussão chegou na vida do percussionista baiano Cara de Cobra por volta dos 14 anos de idade, através do pai, que tinha um grupo de samba e levava instrumentos percussivos para dentro de casa. Naquele cenário, ele começou a dar os primeiros passos tocando timbal, surdo, pandeiro e tamborim e a paixão foi imediata. A partir daí, foi um caminho natural o de conhecer outros percussionistas que influenciaram o seu trabalho e de quem foi se aproximando, a exemplo de Sérgio Bem-te-vi, Baldino, e, claro, Carlinhos Brown.
Foi, aliás, numa ida ao Candeal que Brown o viu tocar e comentou sobre o interesse de Cara de Cobra pela percussão e a facilidade de aprender – fator decisivo para que o percussionista decidisse que queria ser um grande músico – o que se concretizou anos mais tarde. Enaltece a importância, além de todos os grandes que passaram e passam pela sua carreira os músicos Alexandre Lins e Dudu Borges, que o ingressou também na área de produção musical!
Um dos momentos de destaque da sua carreira, ele mesmo conta, foi uma turnê internacional com Carlinhos Brown, tocando em grandes festivais internacionais e conhecendo outros percussionistas de fora do Brasil. “A percussão, para mim, é tudo. A percussão foi que me levou a ter um reconhecimento internacional, a criar amizade com percussionistas do Brasil e de fora do país, a fazer turnês em outros continentes.
“A percussão baiana é uma das mais criativas do mundo e eu tenho muito orgulho de ser tocador de timbal, tocador de bacurinha, de repique, de surdo”. Entre suas aspirações está tocar muito com os artistas levando sua música, sua performance…contribuindo e sendo alimentado por diversas referências…e o maior sonho dele é ter um espaço, em uma comunidade de Salvador, para passar tudo o que aprendeu no Candeal para crianças dessas comunidades: “Se cada comunidade de Salvador tiver um espaço cultural, musical, pode ter certeza que muitas crianças vão mudar de vida, como eu mudei a minha”, enfatiza.