O Relatório Anual 2022 da gestão coletiva, formada pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e pelas associações Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC, apresenta um grande retrato da música no Brasil. A força da TV foi um dos destaques, num período de alta do consumo de streaming no audiovisual. O segmento foi o responsável pela maior parte dos valores arrecadados no ano passado em direitos autorais de execução pública, com 32,5% de participação total.
Já o segmento de Serviços Digitais, que engloba Streaming de Áudio e Vídeo, veio logo atrás, em segundo lugar, com 22,8% da participação na arrecadação total do Ecad no ano passado. Na comparação com o ano anterior, houve um crescimento de 26%.
“A TV segue líder na arrecadação ao longo dos anos, o que, certamente, é um reflexo do consumo de mídia brasileira e do seu alcance no país. As TVs e o streaming no audiovisual têm sido destaques na indústria da música no que diz respeito aos rendimentos em direitos autorais. A gestão coletiva vem intensificando os esforços nas negociações de contratos com plataformas digitais e na conscientização contra a prática do buyout, que impede que compositores recebam os valores futuros pelas canções, já que eles renunciam a uma parcela importante de seus direitos. O ano de 2022 teve resultados positivos pra quem vive da música, esperamos que 2023 seja melhor e vamos trabalhar pra isso”, disse a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.
“Com o avanço da tecnologia, teremos questões importantes relacionadas ao direito autoral e ao digital para acompanhar e participar em prol dos criadores da música. Por isso, a gestão coletiva está monitorando de perto os debates e as novidades e cumprirá sempre o que a legislação estabelecer”, completou.