Maior evento musical da Bahia (fora Carnaval e São João) o Festival de Verão que começou com cinco dias depois foi reduzindo para quatro, três e agora dois dias, é um exemplo de como uma boa ideia que estava se deteriorando pode recuperar seu prestigio e voltar completamente renovado. Criado durante o boom da axé music, durante anos foi uma espécie da ‘grande festa do verão brasileiro”. Mas, por diversas circunstancias foi perdendo relevância, trocou de lugar saindo do Parque de Exposições para a Arena Fonte Nova, porém não surtiu o efeito desejado.
Com a pandemia ficou dois anos sem acontecer até que a Bahia Eventos, braço de entretenimento da Rede Bahia resolveu que estava na hora do Festival de Verão voltar a ser realizado mas com outra concepção. Primeiro retornou ao seu lugar de origem. Depois convidou para a curadoria o produtor Zé Ricardo Diretor Artístico do PALCO SUNSET e ESPAÇO FAVELA no Rock in Rio, apostando na criatividade criando grandes encontros ao invés de se limitar a fazer apenas shows.
No inicio alguns produtores locais e parte da imprensa ficou meio cética. Mas quando foi apresentada a grade com alguns encontros inusitados e outros comemorados, deu para perceber que nada seria como antes. E realmente não foi. Encontros maravilhosos como o de Gilberto Gil recebendo Caetano Veloso e homenageando Gal Costa; Ivete com Luedj Luna; Carlinhos Brown com Duda Beat e Attoxxa; Margareth Menezes com Majur e Larissa Luz; Ferrugem com Xande de Pilares; Luísa Sonza e Alcione; Baiana System com Olodum,;Xamã com Gilsons; Jão com Pitty, Ludmilla com Glória Groove e Saulo com Marina Sena entre outros, foi um sopro de renovação que o Festival precisava. Sem falar no Gigante Léo Santana e Bell Marques que fizeram apresentações solo. E o público compreendeu e se jogou.
Resumo da Ópera: o Festival de Verão de Salvador voltou ser o mais importante evento da cidade. E Giussepe Mazoni continua imbatível como o arquiteto designer dos grandes eventos.
Foto: Escolhi essa foto de Caetano, Gil e Ney Matogrosso porque acho que representa grandiosidade do Festival.