Desde os tempos em que se usava o termo GLS (Gays Lésbicas e Simpatizantes) para se referir às pessoas que não estavam dentro dos padrões de uma sociedade majoritariamente hétero, os blocos de Carnaval em Salvador eram curtidos por essa galera que procurava ser a mais discreta possível. Alguns mais descontraídos e com atitude eram considerados exóticos. O único porto seguro era o Bloco Os Mascarados, comandado pela hoje Ministra da Cultura Margareth Menezes, que saiu às ruas pela primeira vez em 1999, mas que ela, na época, fazia questão de afirmar que ‘seu bloco não era GLS’.
A grande virada se deu primeiro com o Crocodilo de Daniela Mercury, que foi adotado pela diversidade. Mas tudo era muito esporádico. Não se falava em um ‘Carnaval LGBTQIAPN+’. Até que em 2017 quando os empresários André Magal e José Augusto donos do grupo San Sebastian perceberam que havia uma demanda enorme para esse público.
À época, agora já denominado LGBTQIAPN+ que com o passar dos anos foi acrescentando mais letras dando visibilidade a um mundo que era desconhecido da maioria da população. De lá para cá praticamente todos os blocos puxados por cantoras-divas foram “invadidos” por esse novo público disposto a pagar para se divertir com conforto, segurança e boa música.
Blocos como Coruja de Ivete Sangalo e Largadinho de Claudia Leitte passaram a esgotar as vendas para receber esses foliões. Uma mudança de paradigma no carnaval: garantia de vendas sem o risco de tomar prejuízo. O negócio foi tão bom que em parceria com Claudia e o grupo San criaram o Bloco Blow Out, em XXX, voltado essencialmente para o público gay.
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